DO RIO

O prefeito do Rio, Eduardo Paes (PMDB), afirmou ontem que a cidade poderá captar mais R$ 10 bilhões após a assinatura, na segunda-feira, da medida provisória que flexibiliza o endividamento dos municípios que receberão jogos da Copa.
Para Raul Velloso, especialista em contas públicas, o governo não terá problemas com a medida desde que ela não interfira na Lei de Responsabilidade Fiscal. "Vão encontrar um jeito de fazer isso sem contrariar a lei. Para gastar no Brasil nunca é difícil."
Antes mesmo da aprovação da medida, o Rio receberá R$ 3,5 bilhões do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) para o projeto "Porto Maravilha", que visa a Olimpíada de 2016. O ministro do Trabalho, Carlos Lupi, afirmou que o rendimento do FGTS com esse tipo de operação será o triplo do rendimento normal.
A flexibilização da capacidade de endividamento dos municípios deve aumentar as entradas de pedidos no BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico).
Um dos documentos necessários para o pedido de empréstimo é o aval do Tesouro quanto ao limite de endividamento da cidade.
Até agora, o banco tem em carteira R$ 1,551 bilhão em projetos para construção de estádios em Ceará, Bahia, Rio e Amazonas.
Os pedidos de empréstimos para construção e reforma de hotéis somam R$ 973,5 milhões, montante próximo do orçamento total do programa -R$ 1 bi. Segundo o banco, os pedidos ligados à Copa já recebem prioridade, com programas específicos.


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