Nadadoras do país são tops em maratonas aquáticas e disputam o derradeiro evento exclusivo, no Canadá

DE SÃO PAULO

Modalidade nova no programa olímpico, a maratona aquática inicia hoje, em Roberval, no Canadá, seu sexto e último Mundial exclusivo. Com a estreia da maratona em Pequim-2008, a Fina (Federação Internacional de Natação) decidiu manter apenas o Mundial de desportos aquáticos, que reúne suas cinco modalidades (natação, polo aquático, saltos ornamentais e nado sincronizado, além da maratona) e será disputado em Xangai-2011.
O Brasil, principalmente nas provas femininas, conseguiu aproveitar bem o crescimento das maratonas.
Poliana Okimoto é a atual campeã da Copa do Mundo, circuito de várias etapas na temporada, e foi bronze no Mundial de desportos aquáticos de 2009, em Roma.
Ana Marcela Cunha foi a quinta colocada na estreia olímpica em Pequim.
São elas duas que representam o Brasil hoje, a partir das 12h30, na primeira prova do programa canadense, os 10 km (distância olímpica).
Poliana, que foi vice-campeã na edição de 2006 do torneio, está confiante, por ter feito bons treinamentos em altitude, de 17 de maio a 7 de junho, no México. "Consegui os melhores tempos da minha vida. Agora é competir."
Serão 36 concorrentes, entre elas as nadadoras que foram ao pódio em Pequim-2008: a russa Larisa Ilchenko e as britânicas Keri-Anne Payne e Cassandra Patten. A brasileira fala ainda da possibilidade de alguma franco-atiradora. "Em maratonas, há sempre surpresas, como mudanças repentinas no tempo e na água, sem falar no aparecimento de alguma atleta-surpresa", disse.
Ana Marcela, que terminou em décimo no último Mundial, concorda com a compatriota. "Só na hora saberei a estratégia a ser tomada e como estará o preparo das adversárias", disse ela.
Amanhã será a prova masculina dos 10 km, com a presença dos brasileiros Allan do Carmo e Felipe Alcantra.
Na terça, são disputados os 5 km, com Poliana e Ana Marcela e, entre os homens, Carmo e Samuel de Bona.