São Paulo, domingo, 17 de julho de 2011 |
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Bela sofrida Musa da seleção dos EUA , goleira busca o 1º Mundial da carreira para coroar vida de superações DE SÃO PAULO Para Hope Solo, vencer o Mundial feminino é quase uma questão de honra. Musa da seleção norte- -americana de futebol e para muitos a melhor goleira em atividade, Hope esconde por trás dos olhos azuis e de seu belo sorriso uma história de superação. Física e mental. "Tenho me preparado para este momento através de sofrimentos, de batalhas pessoais. Para mim, é uma questão de desafiar probabilidades, de provar que as pessoas estão erradas", disse a goleira após defender pênalti contra o Brasil e colocar seu time nas semifinais do torneio. Hoje, na final, os EUA pegam o Japão, às 15h45. E Hope começou a provar que as pessoas estavam erradas desde cedo. Apaixonada por futebol desde pequena, estreou como atacante. Pelo time do colégio, fez 109 gols e ganhou três títulos nacionais. Antes de ir para a faculdade, a atleta de 1,75 m lidou com a desconfiança alheia quando resolveu trocar de posição. E provou que podia ser ainda melhor jogando debaixo das traves. A carreira decolou, e Hope jogou na Suécia e na França antes de retornar para os EUA. Em 2005, tornou-se a titular da seleção. E, dois anos mais tarde, foi convocada para o Mundial meses após a morte de seu pai, um sem teto que trocava de nome constantemente. Mas que era o seu maior incentivador. Ainda se recuperando, Hope levou outro golpe. Foi para a reserva na semifinal contra o Brasil e viu as americanas perderem por 4 a 0. Inconformada, disse à imprensa que se estivesse no gol, os EUA teriam vencido. Foi afastada do time e ganhou a inimizade das colegas. A má fase começou a mudar em 2008, quando Pia Sundhage assumiu o comando do time americano e reintegrou Hope à equipe. O caminho para reconquistar a confiança das companheiras, no entanto, foi difícil. Naquele mesmo ano, conquistou a medalha de ouro na Olimpíada de Pequim. Mas como nada na vida de Hope foi simples, no fim do ano passado uma grave lesão no ombro quase pôs fim a sua carreira. Mas, apesar da desconfiança dos médicos, a goleira voltou a jogar. "Ainda sinto muitas dores. Mas não é isso que vai me segurar", disse a goleira de 29 anos. "Faz 12 anos que ganhamos o Mundial pela última vez. Há algo de especial neste time e acredito que vamos vencer. Queremos escrever nosso próprio destino", completou Hope, que carrega a esperança no nome. NA TV Japão x EUA 15h45 Band, Esporte Interativo e Sportv2 Texto Anterior: Juca Kfouri: Medalha para Teixeira Próximo Texto: Líder dos títulos de 91 e 99, Mia Hamm vê evolução no esporte Índice | Comunicar Erros |
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