ADALBERTO LEISTER FILHO
ENVIADO ESPECIAL A ATENAS

Com muito mais dificuldade do que na estréia, o Brasil obteve ontem sua segunda vitória no torneio feminino de basquete. A equipe bateu a Grécia, por 87 a 75, mas chegou a ver o rival ficar à frente no terceiro quarto.
Na estréia, contra o Japão, no sábado, o placar havia sido bem mais dilatado: 128 a 62.
Com a vitória de ontem, o Brasil, que já está classificado para as quartas-de-final, agora disputa uma boa colocação na chave. O próximo jogo será amanhã, contra a Rússia, vice-campeã mundial em 2002, que ontem perdeu para a Austrália por 75 a 56.
"Lógico que não é todo dia que você consegue uma diferença de 66 pontos, mas a partida contra a Grécia foi mais difícil do que eu imaginava", admitiu o técnico Antonio Carlos Barbosa.
O Brasil começou melhor o duelo. Com a pivô Alessandra recebendo marcação dobrada no garrafão, sobraram chances para os arremessos de longe de Helen, cestinha do Brasil ontem, com 18 pontos, e da reserva Karla.
"Nossa equipe não depende apenas de uma ou duas jogadoras. As meninas que vieram do banco contribuíram para essa vitória", destacou Alessandra.
Na defesa, as brasileiras davam excessiva liberdade para a armadora Maltsi, autora de 26 pontos na partida. Com uma marcação individual, a seleção cometia muitas faltas -no primeiro tempo, a Grécia arremessou 18 lances livres, contra só nove do Brasil.
No terceiro período, o ataque nacional precipitou muitas bolas, e as anfitriãs conseguiram empatar o confronto em 64 a 64.
Para o último quarto, Barbosa alterou a marcação, colocando o time para defender por zona. A mudança surpreendeu a Grécia, que parou de pontuar.


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