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INTERNACIONAL 2x2 SÃO PAULO
Enfim, Internacional
Clube gaúcho sai na frente, cede duas vezes o empate, mas consegue segurar placar e fatura seu 1º título da Libertadores
Com Beira-Rio lotado, Inter
conquista América e se
classifica para disputar
Mundial em dezembro no
Japão e tentar igualar rival
MÁRVIO DOS ANJOS
TONI ASSIS
ENVIADOS ESPECIAIS A PORTO ALEGRE
Após 97 anos, o Internacional finalmente fez juz ao nome.
Conseguiu ontem o título mais
importante de sua história, o
primeiro internacional de peso.
Com um 2 a 2 contra o São Paulo num Beira-Rio lotado garantiu a tão sonhada Libertadores.
A equipe gaúcha, que havia
vencido no Morumbi o jogo de
ida por 2 a 1, garantiu assim
presença no Mundial de Clubes, em dezembro, no Japão.
O São Paulo perde a chance
de conquistar o tetracampeonato continental, e o Inter alivia seu trauma histórico de não
triunfar em disputas internacionais como o arqui-rival Grêmio, que já venceu duas Libertadores e um Mundial.
Foi a segunda final entre times brasileiros na mais nobre
competição interclubes da
América, a segunda consecutiva com times do mesmo país
-no ano passado, o São Paulo
superou o Atlético-PR.
No jogo de ontem, apitado
pelo argentino Horacio Elizondo, o juiz que atuou na final da
Copa, o clima era todo favorável ao Inter. Com clima frio e
chuvoso, o Beira-Rio já antes
do início da partida tocava o
""tema da vitória". Atrás de um
gol e nas redes, velas vermelhas
e imagem de santo Antônio. O
time ainda recebeu palestra do
motivador Evandro Motta.
O 13º título brasileiro na Libertadores (contra 20 da Argentina) acabou com a fama de
vice do técnico Abel Braga, do
Inter. Ironia, Muricy Ramalho,
treinador são-paulino, agora
acumula os vices do Paulista,
do Brasileiro e da Libertadores.
O São Paulo passa a ter aproveitamento de 50% em suas finais de Libertadores -venceu
três (1992, 1993 e 2005) e perdeu três (1974, 1994 e 2006).
Na partida de ontem, o time
do Morumbi não pôde contar
com o atacante Ricardo Oliveira, não liberado pelo Betis
(nem viajou a Porto Alegre),
nem com o volante Josué, expulso em São Paulo. Já o Inter
ficou sem o volante Fabinho,
também suspenso ontem.
Muricy apostou na formação
mais esperada, com Richarlyson na vaga de Josué. Aloisio
tomou a posição de Oliveira. No
Inter, Abel Braga mudou o esquema para 3-5-2 com a entrada do zagueiro Índio.
O Inter, que jogava com a
vantagem do empate, ganhou
tranqüilidade ao virar o primeiro tempo na frente com um gol
de Fernandão, que aproveitou
incrível falha do goleiro Rogério. A primeira etapa teve que
ser interrompida por pelo menos seis minutos devido à fumaça gerada por sinalizadores.
No segundo tempo, o São
Paulo chegou a empatar duas
vezes. Primeiro, com Fabão.
Depois, com Lenílson -Tinga
fez o segundo do Inter e foi expulso na seqüência por levantar a camisa na comemoração.
Nos minutos finais, um drama enorme no Beira-Rio. Com
um a mais, o time do Morumbi
criou uma chance atrás da outra, e o Inter ficou acuado, só se
defendendo. Clemer, que falhou no segundo gol são-paulino, fez uma defesa sensacional
nos acréscimos em cabeçada de
Alex Dias. O São Paulo acabou a
partida com quatro atacantes.
O Inter, que briga com o São
Paulo também pelo título brasileiro na temporada, manteve
seu tabu contra os são-paulinos
-nos últimos sete jogos contra
o rival, perdeu apenas um.
O São Paulo de Rogério não
igualou o São Paulo de Telê.
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