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BOXE
Pugilistas do Brasil terão chance de romper tabu
Paulo Carvalho e Washington Silva estão próximos do bronze
Nas quartas-de-final, na terça, mosca e meio-pesado podem acabar com o jejum de 40 anos sem medalhas
do país dentro dos ringues
DO ENVIADO A PEQUIM
O fato de o peso mosca-ligeiro Paulo Carvalho (até 48 kg)
ter passado às quartas-de-final
do torneio de boxe dos Jogos
repercutirá positivamente no
colega Washington Silva, meio-pesado que luta na mesma fase
em Pequim. Se qualquer um
dos dois pugilistas vencer, irá
garantir o bronze, derrubando
um tabu que já dura 40 anos.
O primeiro e único brasileiro
a ganhar medalha olímpica foi
o peso mosca (até 51 kg) Servílio de Oliveira, nos Jogos de
1968. Segundo a comissão técnica, é positivo para o psicológico que dois atletas tenham passado às quartas-de-final. Na fase, basta uma vitória para garantir o bronze, pois no boxe há
dois terceiros colocados.
""Claro que é bom [o Paulo estar na mesma situação de Silva], afinal são dois ombros a
mais para carregar a responsabilidade", argumenta João Carlos Soares, técnico da seleção.
Ontem, Carvalho derrotou
Manyo Plange, de Gana, por
pontos, 21 a 12. Mesmo quando
já havia aberto larga vantagem
de pontos, Carvalho seguiu no
papel de agressor, em vez de
passar a administrar a luta.
""Ele [Carvalho] é melhor
quando caminha para a frente.
Se ele recua, se dá mal", analisou Luis Carlos Dórea, o outro
treinador da seleção nacional.
Nas quartas, marcadas para a
manhã de terça, Carvalho enfrenta o cubano Yamper Hernandez, que ontem derrotou o
ucraniano Georgiy Chygayev.
""Já o venci no ano passado
em um torneio na República
Dominicana. Agora é correr
atrás desse bronze e, depois, do
ouro, que tanto bem vai fazer
para o boxe brasileiro", disse.
Washinton pegará o irlandês
Kenny Egan no mesmo dia.
Egan representará maior dificuldade para o brasileiro que os
rivais anteriores, pois se movimenta muito. Washington
compete lesionado no joelho.
Também na rodada de ontem, o mosca Robenilson Vieira
foi batido por pontos (12 a 6)
por Anvar Yunusov, do Tadjiquistão.
(EDUARDO OHATA)
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