São Paulo, segunda-feira, 17 de agosto de 2009

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Mulheres se curvam ao "inatingível"

DA REPORTAGEM LOCAL

Muito menos badaladas do que Usain Bolt e companhia, as velocistas entram na pista do estádio de Berlim hoje, às 16h35, para fazer a final dos 100 m.
Tão boas quanto seus compatriotas do sexo oposto nas provas de velocidade, as jamaicanas são as principais atrações.
No total, quatro atletas da ilha caribenha se classificaram para as semifinais, que também serão disputadas hoje, às 14h05.
A atual campeã mundial da prova, Veronica Campbell-Brown, da Jamaica, queixou-se da falta de atenção que recebem as mulheres no atletismo.
"É um assunto delicado, mas, se eu for honesta, acho que os homens recebem mais atenção neste esporte", declarou a velocista de 27 anos ao jornal inglês "The Guardian". Ela chegou às semifinais do Mundial com o terceiro melhor tempo, 10s99.
"Isso se baseia no fato de que os recordes mundiais dos 100 m e dos 200 m são alcançáveis para os homens. Minhas melhores marcas são 10s85 e 21s74. É difícil para mim até imaginar bater o recorde mundial", comentou a atleta, que se destaca nos 200 m. Em Pequim-08, ela obteve o ouro nessa prova.
Os recordes femininos dos 100 m e dos 200 m perduram há 21 anos. Em 1988, Florence Griffith-Joyner cravou as melhores marcas (10s49 e 21s34). Desde então, nenhuma velocista chegou perto de quebrá- los, nem mesmo Marion Jones, que admitiu uso de doping. Entre os homens, o recorde mundial dos 100 m foi batido 12 vezes nas últimas duas décadas.


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