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Após conquistar o bi, Derly festeja o fim da pressão
DO ENVIADO AO RIO
Único bicampeão da história
do judô brasileiro, o meio-leve
João Derly, 26, acha ótimo o fato de não ser mais o único atleta
do país com ouro no torneio.
"Não queria ser o único campeão do Brasil. Isso me deixava
meio incomodado e trazia ainda alguma pressão", disse ele.
O gaúcho revelou que, na trajetória rumo ao segundo título,
anteontem, sentiu essa carga
no Rio. "Entrei na competição
com um certo nervosismo e, no
início, me senti bastante pressionado. Só acordei mesmo
quando sofri uma queda contra
o atleta da Mongólia [na segunda, das seis lutas que venceu]."
Derly afirmou que a segunda
conquista foi muito mais dura
que a primeira, no Cairo (Egito), há dois anos, quando saiu
do campeonato com o prêmio
de melhor atleta.
"No Egito, havia a incógnita.
Será que poderia ser campeão?
Mas eu lutei com a cabeça livre,
bem tranqüilo e ganhei quase
todas de ippon. Foi marcante,
mais fácil que este. Aqui senti
que os rivais haviam me estudado bastante e estavam prontos para o meu estilo. Foi uma
vitória do coração."
Ele disse que, agora, espera
diversificar suas técnicas, visando ter novas estratégias para surpreender os rivais em Pequim-2008. (LF)
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