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Brasileiros desafiarão retrospecto na Davis
Irmãos Lapentti sempre bateram Daniel e Bellucci
FERNANDO ITOKAZU
ENVIADO ESPECIAL A PORTO ALEGRE
O favoritismo do Brasil é incontestável. Joga em casa, em
seu piso favorito (o saibro), nas
condições que a comissão técnica pediu e tem jogadores
mais bem ranqueados.
Mas, para confirmar o favoritismo na repescagem da Copa
Davis e voltar à elite do tênis
depois de seis anos, o Brasil tem
um histórico contra.
Não o coletivo (a equipe brasileira venceu quatro dos seis
confrontos contra o time do
Equador, incluindo os dois últimos), mas individuais.
Os jogadores escalados para
simples pelo Brasil, Marcos Daniel (56º do ranking mundial) e
Thomaz Bellucci (65º), nunca
conseguiram vencer os principais tenistas equatorianos, os
irmãos Nicolas (144º) e Giovanni Lapentti (211º).
As partidas que devem abrir
o confronto amanhã, no Gigantinho, em Porto Alegre, colocarão o tenista número um de um
país contra o segundo do outro.
Assim, Thomaz Bellucci enfrentaria Nicolas, que o derrotou nas duas vezes em que se
enfrentaram -a primeira, na
temporada passada, e a segunda, neste ano.
"Conheço bem o jogo do Nico, que me venceu nas duas vezes. Mas estou num momento
bom e tenho chance de ganhar", afirmou o brasileiro,
que, após as duas derrotas, conquistou seu primeiro título de
primeira linha: o Torneio de
Gstaad, no saibro.
Ex-número seis do mundo e
na equipe equatoriana desde
1993, Nicolas afirma que o confronto direto tem pouco peso
numa partida da Davis, "onde
tudo é muito distinto", mas diz
não saber como o brasileiro vai
reagir diante da torcida.
"Não sei como ele vai jogar
com esse novo status", afirmou
o equatoriano. "Às vezes, é difícil lidar com essa situação."
Marcos Daniel também ostenta duas derrotas em dois
confrontos contra Giovanni.
"Nunca consegui ganhar dele, mas os jogos aconteceram há
muito tempo [em 2004]", afirmou Daniel, eliminado na primeira rodada do Aberto dos
EUA. "Mas sei bem como ele joga. Saca muito forte e não gosta
muito de pontos longos."
Giovanni, que também forma dupla com o irmão, diz não
ter preferência entre disputar a
primeira ou a segunda partida
do confronto, amanhã. Discurso que também é adotado pelos
tenistas brasileiros.
Nicolas, por sua vez, afirma
que gostaria de abrir o duelo.
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