São Paulo, quinta-feira, 17 de setembro de 2009

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Brasileiros desafiarão retrospecto na Davis

Irmãos Lapentti sempre bateram Daniel e Bellucci

FERNANDO ITOKAZU
ENVIADO ESPECIAL A PORTO ALEGRE

O favoritismo do Brasil é incontestável. Joga em casa, em seu piso favorito (o saibro), nas condições que a comissão técnica pediu e tem jogadores mais bem ranqueados.
Mas, para confirmar o favoritismo na repescagem da Copa Davis e voltar à elite do tênis depois de seis anos, o Brasil tem um histórico contra.
Não o coletivo (a equipe brasileira venceu quatro dos seis confrontos contra o time do Equador, incluindo os dois últimos), mas individuais.
Os jogadores escalados para simples pelo Brasil, Marcos Daniel (56º do ranking mundial) e Thomaz Bellucci (65º), nunca conseguiram vencer os principais tenistas equatorianos, os irmãos Nicolas (144º) e Giovanni Lapentti (211º).
As partidas que devem abrir o confronto amanhã, no Gigantinho, em Porto Alegre, colocarão o tenista número um de um país contra o segundo do outro.
Assim, Thomaz Bellucci enfrentaria Nicolas, que o derrotou nas duas vezes em que se enfrentaram -a primeira, na temporada passada, e a segunda, neste ano.
"Conheço bem o jogo do Nico, que me venceu nas duas vezes. Mas estou num momento bom e tenho chance de ganhar", afirmou o brasileiro, que, após as duas derrotas, conquistou seu primeiro título de primeira linha: o Torneio de Gstaad, no saibro.
Ex-número seis do mundo e na equipe equatoriana desde 1993, Nicolas afirma que o confronto direto tem pouco peso numa partida da Davis, "onde tudo é muito distinto", mas diz não saber como o brasileiro vai reagir diante da torcida.
"Não sei como ele vai jogar com esse novo status", afirmou o equatoriano. "Às vezes, é difícil lidar com essa situação."
Marcos Daniel também ostenta duas derrotas em dois confrontos contra Giovanni.
"Nunca consegui ganhar dele, mas os jogos aconteceram há muito tempo [em 2004]", afirmou Daniel, eliminado na primeira rodada do Aberto dos EUA. "Mas sei bem como ele joga. Saca muito forte e não gosta muito de pontos longos."
Giovanni, que também forma dupla com o irmão, diz não ter preferência entre disputar a primeira ou a segunda partida do confronto, amanhã. Discurso que também é adotado pelos tenistas brasileiros.
Nicolas, por sua vez, afirma que gostaria de abrir o duelo.


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