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FUTEBOL
Lanterna e com retrospecto sofrível do técnico Levir Culpi e de seus principais jogadores, equipe pega Guarani hoje
Palmeiras joga para não cair de maduro
EDUARDO ARRUDA
PAULO COBOS
DA REPORTAGEM LOCAL
Com um desempenho decepcionante de quem mais podia esperar, o lanterna Palmeiras tenta
hoje, contra o Guarani, às 20h30,
no Parque Antarctica, o início de
uma arrancada que o livre do cada vez mais iminente rebaixamento no Brasileiro-2002.
O único pentacampeão do time,
Marcos, o jogador em atividade
recordista de partidas pelo Nacional, Zinho, o terceiro artilheiro da
competição inscrito na edição
2002, Dodô, e um dos dez técnicos
mais vitoriosos da história do
campeonato, Levir Culpi, não justificam a fama e mergulham em
um pesadelo inédito para todos.
Marcos, apesar de algumas ótimas atuações, amarga a pior média de gols sofridos da sua carreira
no Brasileiro. Além disso, teve desentendimentos com os companheiros -o último com o atacante Nenê, a quem apontou como
culpado pelo empate do último
sábado contra o Juventude.
Pior papel fazem Zinho e Dodô,
as duas principais contratações
do clube no semestre.
Aos 35 anos, o meia, único jogador com mais de 300 jogos pelo
Brasileiro ainda em atividade, não
é nem sombra do jogador que ganhou três títulos nacionais e brilhou no ano passado com o Grêmio. Segundo os números do Datafolha, Zinho tem médias piores,
em relação a 2001, nos passes, nas
finalizações e nas bolas recebidas.
Com dores musculares, o meia
foi vetado para o jogo de hoje.
Para Dodô, a má fase causou a
ida para a reserva e a ira da torcida
Também pudera. Nunca antes o
atacante teve média de gols tão pífia (0,25 por jogo) como agora em
um Nacional. "Não dá para explicar. O time todo está mal. Se tivesse que trocar, teria que trocar todo mundo", afirma o atacante.
O comandante dessas estrelas
cadentes também só tem a lamentar pelo Brasileiro deste ano.
No Palmeiras, Levir Culpi tem
sua pior performance em uma
edição de Brasileiro. Até quando
treinou a modesta Inter de Limeira, em 1989, teve um aproveitamento mais eficiente -35% contra 30% registrados agora.
"O desempenho deles [Marcos,
Zinho e Dodô] nesta competição
está parecido com o meu. Não estamos conseguindo fazer o que
normalmente fazíamos", lamenta
Culpi, que no ano passado foi às
semifinais com o Atlético-MG.
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