São Paulo, quinta-feira, 17 de outubro de 2002

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FUTEBOL

Lanterna e com retrospecto sofrível do técnico Levir Culpi e de seus principais jogadores, equipe pega Guarani hoje

Palmeiras joga para não cair de maduro

EDUARDO ARRUDA
PAULO COBOS
DA REPORTAGEM LOCAL

Com um desempenho decepcionante de quem mais podia esperar, o lanterna Palmeiras tenta hoje, contra o Guarani, às 20h30, no Parque Antarctica, o início de uma arrancada que o livre do cada vez mais iminente rebaixamento no Brasileiro-2002.
O único pentacampeão do time, Marcos, o jogador em atividade recordista de partidas pelo Nacional, Zinho, o terceiro artilheiro da competição inscrito na edição 2002, Dodô, e um dos dez técnicos mais vitoriosos da história do campeonato, Levir Culpi, não justificam a fama e mergulham em um pesadelo inédito para todos.
Marcos, apesar de algumas ótimas atuações, amarga a pior média de gols sofridos da sua carreira no Brasileiro. Além disso, teve desentendimentos com os companheiros -o último com o atacante Nenê, a quem apontou como culpado pelo empate do último sábado contra o Juventude.
Pior papel fazem Zinho e Dodô, as duas principais contratações do clube no semestre.
Aos 35 anos, o meia, único jogador com mais de 300 jogos pelo Brasileiro ainda em atividade, não é nem sombra do jogador que ganhou três títulos nacionais e brilhou no ano passado com o Grêmio. Segundo os números do Datafolha, Zinho tem médias piores, em relação a 2001, nos passes, nas finalizações e nas bolas recebidas.
Com dores musculares, o meia foi vetado para o jogo de hoje.
Para Dodô, a má fase causou a ida para a reserva e a ira da torcida Também pudera. Nunca antes o atacante teve média de gols tão pífia (0,25 por jogo) como agora em um Nacional. "Não dá para explicar. O time todo está mal. Se tivesse que trocar, teria que trocar todo mundo", afirma o atacante.
O comandante dessas estrelas cadentes também só tem a lamentar pelo Brasileiro deste ano.
No Palmeiras, Levir Culpi tem sua pior performance em uma edição de Brasileiro. Até quando treinou a modesta Inter de Limeira, em 1989, teve um aproveitamento mais eficiente -35% contra 30% registrados agora.
"O desempenho deles [Marcos, Zinho e Dodô] nesta competição está parecido com o meu. Não estamos conseguindo fazer o que normalmente fazíamos", lamenta Culpi, que no ano passado foi às semifinais com o Atlético-MG.



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