São Paulo, domingo, 17 de outubro de 2004

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PAINEL FC

Fim de caso
Terminou a lua-de-mel entre COB e Confederação Brasileira do Desporto Universitário. Foi depois da recusa do comitê em liberar verba de R$ 80 mil para que o Brasil participasse do Mundial universitário de futsal, na Espanha, mesmo com gestões do Ministério do Esporte.

Reserva de mercado
Luciano Cabral, presidente da CBDU, anunciou que uma de suas prioridades é garantir que os Jogos Brasileiros Universitários sigam contando com o dinheiro das loterias. Normatização da Lei Piva havia aberto brecha para que o COB, ou alguma outra entidade, fizesse sua própria versão dos Jogos e pleiteasse esse quinhão da verba.

Da água para o vinho
Desde que a CBDU ficou adimplente e passou a usufruir da verba da Lei Piva, sempre via COB, Cabral era só elogios à entidade. Agora o dirigente afirma que tomará providências para tentar receber o dinheiro sem passar pelo comitê -quer ver se consegue mudar a situação por meio do Estatuto do Desporto.

Presente de grego
O ex-treinador da seleção de basquete José Medalha deixa cada vez mais pública sua condição de candidato à presidência da CBB. Contratou assessora de imprensa para esse fim e diz que ao menos seis federações estão com ele para a eleição de 2005.

Em obras
A CBF começou a pôr abaixo na semana passada a sala de imprensa da Granja Comary. Será erguida no local a Escola Brasileira de Futebol, na qual a Fifa pretende investir US$ 400 mil.

Contato final
Após a tumultuada demissão do Corinthians, Joaquim Grava voltou a falar com seus dirigentes. Após abrir processo contra o clube, o médico ainda participou de teleconferência com Dualib e Citadini, pivô de sua demissão, na qual pediu-se que desistisse da ação, conta ele no livro "Medicina Futebol Clube".

"Tá sobrando"
A Fifa fará doações ao inglês Fundo de Investimento ao Teatro, que incentiva a arte. A entidade justifica sua ação com frases populares: "Mente sã em corpo são" e "quem tem deve dar". E diz que, como no palco, nos gramados há drama.

Elefante branco
De olho na projeção da prata olímpica, o prefeito do Rio, Cesar Maia, planeja montar uma equipe feminina de futebol. Para tanto, a exemplo do que fez com a Telemar para a criação de time de basquete, busca parcerias. Esqueceu de esclarecer apenas de que competições vai participar.

Último da lista
Mauro Silva foi liberado pelo La Coruña para jogar na despedida internacional de Romário, contra o México, em Los Angeles. O volante apelou aos dirigentes, que relutavam em liberá-lo, argumentando que faltava só ele para completar o time tetracampeão na Copa dos EUA.

Escondido
No Brasil, a despedida de Romário será exibida pela Sportv, mas não terá TV aberta. Nos EUA, palco da Copa-94, a partida ficará restrita à TV Azteca.

Novas praças
A Comissão de Futebol e Marketing do governo iniciou peregrinação para fazer consultas a federações fora do eixo Rio-SP e clubes que não integram a Série A sobre o pacote de medidas para o futebol. Estão na rota Pernambuco, Minas e Rio Grande do Sul, entre outros Estados.

De brisa
Uma das atividades do sindicato patronal da bola (Sindafebol), presidido pelo palmeirense Mustafá Contursi, é estudar formas de fazer caixa. Como nunca havia sido cobrada taxa dos sócios, a entidade não tem fundos para as ações que a nova administração têm planejadas.

E-mail:
painelfc.folha@uol.com.br

DIVIDIDA

De Zinedine Zidane, em resposta aos críticos do momento vivido pelo Real Madrid:
- Dou risadas de quem diz que o ciclo da equipe terminou. É bom que saibam que não nos esquecemos de como jogar.

CONTRA-ATAQUE

"É canja, é canja de galinha!"

O Parlamento búlgaro decidiu fechar o cerco contra a violência das torcidas de futebol, que anda crescendo de forma preocupante por aquelas bandas, e sancionou novas leis para estádios.
Bem-intencionada, mas radical ao extremo, a lei faz o futebol no país voltar à era do "é canja, é canja, é canja de galinha".
Provocação, participação em brigas, invasão de campo ou danos à propriedade privada serão punidos com 25 dias de prisão, multas entre 250 e 1.000 e, dependendo dos casos, proibição de assistir competições dentro ou fora do país.
Até aí tudo bem. Só que "insultos e gestos obscenos" também serão vistos como hooliganismo. Não vale xingar a mãe do juiz, gritar palavrões nem exibir o dedo. Pelo texto, nem "bobo, feio e chato". É canja de galinha búlgara, e lambe os beiços.


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