São Paulo, domingo, 17 de outubro de 2004

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MEMÓRIA

Veterano das duas guerras mundiais correu GP aos 55

DA REPORTAGEM LOCAL

Fato raro na F-1, há recordes que Michael Schumacher não baterá: os da idade.
Em Interlagos, ele se tornará apenas o 250º piloto mais velho a disputar um GP. Uma diferença abismal, de 20 anos, separa o ferrarista do recordista do ranking.
Ex-combatente das duas guerras mundiais, Louis Chiron tinha 55 anos quando levou seu Lancia ao grid de Mônaco de 55. Em casa, o monegasco ficou em sexto.
Chiron ainda tentou ampliar seu recorde. Em 56 e 58, buscou, sem sucesso, classificar um Maserati para a corrida do principado. Tinha, na última tentativa, 58 anos.
Na lista dos pilotos mais velhos da F-1, os 18 primeiros disputaram Mundiais na década de 50. Não é coincidência. À época, esse era o perfil da categoria: uma reunião de veteranos, com bagagem de décadas competindo em provas de estrada.
"As exigências eram diferentes. Dá até para dizer que era outro esporte", diz o preparador Vanderlei Pereira.
"A velocidade era outra, o nível de aderência era outro. Naquela época, os pilotos freavam 200 metros antes da curva. Agora, com os freios de carbono, os pilotos estão submetidos a freadas e aceleradas bruscas. Isso aumenta o desgaste físico e exige uma super concentração."
Schumacher ainda teria que correr até 2015 para superar Juan Manuel Fangio e se tornar o mais velho campeão da história. E precisaria ganhar uma prova em 2022 para bater Luigi Fagioli, até hoje o mais veterano a vencer na categoria -tinha 53.
O alemão pode, porém, tornar-se recordista de rodagem. Hoje, já é o segundo do ranking e, com mais três Mundiais, baterá os 256 GPs de Riccardo Patrese. (FSX)


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