São Paulo, segunda-feira, 17 de outubro de 2005

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FUTEBOL

Mais caros atletas de seus times em campo, Juninho, pelo Palmeiras, e Tevez, pelo Corinthians, são os mais acionados

Estrelas aparecem e conduzem o clássico

Fernando Santos/Folha Imagem
O atacante corintiano Carlitos Tevez tenta se livrar da marcação do defensor palmeirense Daniel


DA REPORTAGEM LOCAL

Mais caros, mais procurados, melhores em campo. O meia Juninho, pelo Palmeiras, e o atacante Tevez, pelo Corinthians, conduziram seus times ao longo de todo o clássico de ontem.
As principais jogadas, os lances mais criativos e contundentes, os gols. O que de mais importante aconteceu no empate em 1 a 1 no Morumbi passou pelos pés dos dois baixinhos habilidosos.
Ambos com a camisa 10 -às vezes um peso para o jogador que a ostenta-, Juninho e Tevez, que dos atletas em campo foram os que custaram mais caro às suas respectivas diretorias, foram a referência de suas equipes.
O meia palmeirense, além de ter assumido a responsabilidade de bater o pênalti que empatou a partida, foi o mais procurado pelos companheiros (recebeu a bola em 42 oportunidades) e o autor de sete das 19 finalizações do Palmeiras na partida. Era Juninho quem levava a bola da defesa para o ataque, tentando acionar os atacantes palmeirenses.
O meia teve ainda a última chance de desempatar o confronto, mas parou na defesa de Fábio Costa, já no fim do duelo.
Até num fundamento em que não é especialista o meia se destacou. Ele ajudou na marcação e conseguiu oito desarmes.
Do outro lado, Tevez conseguiu sua redenção em clássicos estaduais. O argentino vinha sendo muito cobrado porque não conseguia reeditar suas melhores atuações nos confrontos contra arqui-rivais paulistas.
Desde o início do jogo, o atacante, sempre com marcação individual palmeirense -Marcinho Guerreiro e Daniel se revezavam nessa tarefa- caía pela esquerda do ataque corintiano.
O resultado foi ter saído de campo como o jogador do Corinthians que mais recebeu passes (27), o mais caçado, com oito faltas recebidas, além de ter sido quem mais perigo levou ao goleiro Marcos. Dos quatro chutes certos do Corinthians, Tevez foi o autor de três deles.
E a atuação dele não poderia ter sido coroada de maneira diferente senão com um golaço.
Tevez foi o responsável por abrir o marcador no clássico, aos 20min do primeiro tempo.
Ele abriu espaço pela esquerda e, perseguido por Marcinho Guerreiro, recebeu um belo lançamento de Hugo. O argentino carregou a bola até a entrada da área palmeirense, quando iniciou uma seqüência de dribles.
Primeiro ele venceu Marcinho. Depois, com um corte para a direita, deixou Daniel para trás e se preparou para arrematar. Tevez ainda precisou de mais um drible para tirar Gamarra da jogada antes de chutar e superar Marcos.
"Uma hora o gol [em clássicos] tinha que sair", desabafou o atacante corintiano.
A comemoração da bela jogada de Tevez, no entanto, teve de ser curta. Isso porque logo na saída de bola o Palmeiras criou a jogada que resultou no 1 a 1.
O meia Diego Souza sofreu pênalti de Fabrício. O volante corintiano, que já tinha cartão amarelo, acabou expulso.
Na cobrança do pênalti, aos 21min, Juninho não deu chances para Fábio Costa pegar. Bateu forte, no alto do canto esquerdo do goleiro corintiano.
No segundo tempo, o jogo se resumiu à pressão palmeirense, sobretudo com cruzamentos em cobranças de falta e de escanteio, e nos contra-ataques corintianos, que sempre começavam com chutões da defesa em direção de Tevez, para que o argentino tentasse, com uma jogada individual, levar perigo aos rivais. (EDUARDO ARRUDA E PAULO GALDIERI)

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