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na berlinda
Plano de Dualib afunda Corinthians
Estratégia do presidente de dar carta-branca a Leão e afastar a MSI deixa o clube à beira da segunda divisão no Nacional
Cartola tirou Kia do futebol e expulsou Paulo Angioni do Parque São Jorge, mas time segue com problemas de relacionamento no grupo
EDUARDO ARRUDA
DA REPORTAGEM LOCAL
Alberto Dualib retomou o
poder no departamento de futebol do Corinthians e o passou
para Leão. A aliança, no entanto, tem se mostrado trágica. A
nove rodadas do fim do Brasileiro, o clube convive com o
fantasma do rebaixamento e
com os mesmos problemas de
relacionamento entre técnico e
jogadores que nortearam os
quase dois anos de parceria.
O presidente corintiano, sob
o pretexto de que não havia comando no futebol, anunciou,
como afronta a Kia Joorabchian, que o Corinthians é
quem controlava o futebol.
Criticou o presidente da MSI,
disse que ele não entendia nada
de futebol e o classificou como
um "aventureiro". Com a equipe em último lugar no Brasileiro, Dualib, à revelia da parceira,
contratou Leão e falou até que
o clube iria para a Libertadores.
Deu poderes plenos ao técnico,
que se tornou o homem forte
do futebol e começou a implementar o plano de seu chefe:
montar um time sem as estrelas da MSI, que será a base da
reformulação para 2007.
Nos 32 dias em que Dualib
passou em Londres, entre o final de agosto e o início de outubro, Leão reinou soberano como soldado de Dualib. Trouxe
César, Magrão e Amoroso, que
não têm correspondido, livrou-se de Tevez e Mascherano e, de
quebra, de Paulo Angioni.
O ex-diretor da MSI, que tinha uma sala no Parque São
Jorge, foi expulso de lá. Foi avisado por Marcos Fernandes,
controlador das contas do clube, de que Dualib não queria
mais sua presença. Para Angioni, que nem sequer foi avisado
das vindas de Magrão, Amoroso e César, foi a gota d'água.
A pessoas próximas, Kia disse que abriu mão do futebol
porque entendia que a briga pelo poder poderia agravar ainda
mais a situação do time, à época, recém-eliminado da Libertadores. Disse não ter suportado o bombardeio interno a seu
trabalho, especialmente de
Dualib. Achou melhor que o
cartola fosse testado.
De Londres, o presidente da
MSI, que lembra ter sido campeão brasileiro, diz estar preocupado, mas não decidiu o que
fará ainda. Aliás, desde que
Dualib retornou da capital inglesa, em primeiro de outubro,
o Corinthians não vence.
Pior, voltou à zona de descenso e expôs um ambiente tumultuado entre Leão e os atletas. Os jogadores, porém, não
peitam o técnico, apesar de
muitos não concordarem com a
maneira como ele arma o time
e se comporta com alguns deles. Miram o exemplo de Carlos
Alberto, afastado por bater boca com ele. Enquanto isso, Dualib pede "união" e faz vista grossa à conduta de seu protegido.
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