São Paulo, sábado, 17 de outubro de 2009

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Governo lança licitação para a Fonte Nova

MATHEUS MAGENTA
DA AGÊNCIA FOLHA, EM SALVADOR

O governo da Bahia lançou nesta semana a concorrência pública para as obras de demolição, reconstrução e operação do estádio da Fonte Nova, em Salvador, uma das cidades-sedes da Copa-2014. A obra deve custar cerca de R$ 605 milhões.
De acordo com o governo baiano, R$ 400 milhões devem ser financiados pelo BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social).
O banco disponibilizou R$ 3,6 bilhões para a reforma e a construção de novas arenas para o segundo Mundial no Brasil.
Com isenções fiscais municipais e estaduais, o valor da nova arena pode cair para R$ 564 milhões. A Fonte Nova será administrada em PPP (Parceria Público-Privada). A empresa vencedora ficará responsável pelo estádio por 35 anos, com a possibilidade de prorrogação pelo mesmo período. O governo deve bancar os custos administrativos por 15 anos.
Podem participar da licitação empresas nacionais e estrangeiras, isoladamente ou em consórcio. O vencedor deve ser anunciado até 30 de novembro.
O lançamento do edital para a construção ou a reforma dos estádios para a Copa de 2014 deveria ter sido feito até 31 de agosto, mas nenhum governo cumpriu a exigência do COL (Comitê Organizador Local), que resolveu desconsiderá-la.
Para tentar atrair investidores para o projeto, o governo baiano tenta convencer o Vitória, que já tem o estádio do Barradão, a jogar na nova arena.
"A não ser que seja extremamente vantajoso, não fará sentido deixar de jogar no nosso estádio", disse Jorge Sampaio, dirigente da equipe baiana.
O Bahia, que tem usado o estádio do Pituaçu, deve voltar a jogar na Fonte Nova, que está interditada desde novembro de 2007, quando a queda de uma parte da arquibancada matou sete pessoas e feriu outras 87.
Com capacidade para 50 mil pessoas, a nova arena será construída no mesmo lugar do estádio, que será demolido.
As obras devem começar em fevereiro do ano que vem.


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