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Pra frente
São Paulo e Santos se encontram pela 5ª vez no ano em clássico dos ataques
LEONARDO LOURENÇO
ENVIADO ESPECIAL A SANTOS
RODRIGO BUENO
DE SÃO PAULO
Santos e São Paulo se encontram hoje, às 18h30, no
Morumbi, pela quinta vez no
ano para cumprir a promessa
de partida pautada pela
ofensividade das equipes.
Foram 12 gols, média de
três por jogo, no clássico que
mais se repetiu neste ano.
Responsável por dois terços
desses gols, o Santos venceu
todas contra o rival em 2010.
Nova vitória hoje dará à
geração de Neymar uma supremacia sobre o São Paulo
em uma temporada que nem
o Santos de Pelé conseguiu.
Em 1956, o time da Vila
Belmiro bateu o rival do Morumbi cinco vezes, mas perdeu outras duas partidas.
Desta vez, o Santos pode
fechar 2010 com cinco vitórias e 100% de aproveitamento sobre o adversário, algo que só os outros dois rivais
são-paulinos conseguiram.
Corinthians e Palmeiras fecharam um ano na história
com cinco jogos e cinco vitórias sobre o São Paulo. Os
palmeirenses alcançaram a
façanha em 1938, e os corintianos fizeram isso em 1977.
"Acho que vai ser um jogo
ímpar. O Santos é um time
ofensivo, gosto de ver o Santos jogar. Foi excepcional
no primeiro semestre", elogiou o treinador são-paulino,
Paulo César Carpegiani.
"Mas não vamos mudar
nosso jeito porque enfrentamos o Santos. Já joguei com
essa formação antes, só que
não tinha o Ricardo Oliveira.
Ele voltou porque é o homem
de área", completou o treinador, que armará um quarteto
ofensivo com Lucas, Fernandinho e Dagoberto, além do
centroavante citado por ele.
Principal ataque do futebol brasileiro no ano, o Santos está próximo também de
superar uma marca histórica.
Com 165 gols nesta temporada, faltam apenas dois tentos para que essa equipe se
torne a mais goleadora do
clube desde que Pelé parou.
O posto, atualmente, cabe
ao time de 2004, que marcou
166 e ganhou o Brasileiro.
Se mantiver sua média de
gols no clássico em 2010
(2,2), alcança o recorde hoje.
"Não levamos vantagem
por ter ganho quatro jogos do
São Paulo neste ano. A partida será decidida no domingo
[hoje], e os jogadores têm
consciência disso", disse
Marcelo Martelotte.
"Conhecemos bem a equipe deles e vice-versa. Qualquer detalhe pode ser decisivo", completou o interino.
"Gosto que digam que
meu time é favorito, mas não
é o caso. O Santos está mais
pronto. Nosso time ainda está longe, mas estamos evoluindo", declarou Carpegiani, jogando a responsabilidade para o rival, que ainda tem
chances de ser campeão.
"O Santos vai mudar o mínimo possível a forma como
encarou os últimos jogos",
afirmou Martelotte. "Mas é o
desenho do jogo que vai determinar se o time vai ser
mais ofensivo ou não", continuou o treinador santista.
"Vai ser um jogo com essa
característica de velocidade", analisou o interino.
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