|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros
Sob pressão, Ronaldo vai a campo
SÉRIE A
Corinthians apela a astro para salvar a equipe e a temporada
MARTÍN FERNANDEZ
DE SÃO PAULO
Ronaldo faz hoje mais
uma de suas já incontáveis
reestreias no futebol. Depois
de dez jogos, um mês e meio,
ele volta a defender o Corinthians, que enfrenta o Guarani às 16h, em Campinas.
O atacante é a última esperança do time para salvar
2010, o ano do centenário,
em que o clube inaugurou
centro de treinamento e
anunciou estádio, e ano em
que uma volta olímpica está
cada vez mais distante.
O time não vence há seis
partidas, somou apenas dois
pontos nos últimos 18 que
disputou e parou em 49 pontos. Viu o Cruzeiro disparar
(54) e rivais se aproximarem.
O Corinthians não precisou de Ronaldo para subir
nem para cair, mas apela ao
astro para estancar a crise.
"A presença dele dá outro
ânimo", afirmou o treinador
interino Fábio Carille.
Nas últimas semanas, Ronaldo trabalhou mais como
cartola do que como atleta.
Promoveu um jantar com
José Serra (PSDB) para ouvir
"propostas do esporte" e tentou fazer o mesmo com Marina Silva (PV) e Dilma Rousseff (PT). Não conseguiu.
Deu palpites na construção do CT, envolveu-se pessoalmente na tentativa de
contratar Carlos Alberto Parreira e, quando a crise parecia ter atingido seu ponto
mais agudo, atuou como
bombeiro e como escudo.
"Quando você está fora, a
contribuição é boa, é grande,
mas o que importa mesmo é
no campo", disse Ronaldo.
Escalado para dar entrevista coletiva após a derrota
contra o Vasco, saiu em defesa dos colegas de equipe.
"Prefiro que batam em mim e
não nos companheiros. E me
sinto na obrigação de fazer
essa proteção porque não estou em campo, e o nosso problema está no campo."
Anteontem, entretanto,
Ronaldo não foi o escudo.
Quando cerca de 70 integrantes de torcidas organizadas
foram ao clube protestar,
acabaram recebidos por outros atletas -Elias, Roberto
Carlos e William, além do diretor de futebol Mario Gobbi.
Ontem, o atacante foi alvo
de protestos da torcida.
Nas poucas vezes em que
jogou neste Brasileiro, Ronaldo foi efetivo. Em três jogos, atuou 197 minutos e fez
dois gols, ambos de pênalti.
"Eu acho que posso e eu
quero jogar as nove partidas
que faltam", declarou o atacante. "Prefiro ser manchete
de jornal na segunda-feira, e
não na quinta, porque na
quinta ninguém joga."
Texto Anterior: Paulo Vinicius Coelho: O lado A de Neymar Próximo Texto: Frases Índice | Comunicar Erros
|