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Presidente e medalhões são alvos da torcida
DE SÃO PAULO
Os protestos dos corintianos atingiram ontem vítimas até então inéditas, como o presidente Andres
Sanchez, o atacante Ronaldo e o zagueiro William.
Cerca de 300 membros de
organizadas foram ao Parque São Jorge hostilizá-los.
Na véspera, o protesto
dos torcedores na porta do
centro de treinamento havia sido direcionado contra
o volante Moacir, o meia Danilo, o lateral direito Alessandro e o atacante Souza.
Enquanto Ronaldo treinava cobranças de pênalti,
aparentemente alheio aos
gritos, a torcida pedia seu
empenho em campo.
Ele já havia sido hostilizado, de maneira menos enfática, pelos corintianos.
Em março, após derrota
para o Paulista, pelo Estadual, foi vaiado por um grupo e mostrou o dedo médio.
Depois, pediu desculpas.
O capitão William, que
sempre é escalado para receber a torcida, ontem foi
convidado a se aposentar.
O presidente Andres Sanchez, fortemente ligado aos
torcedores, que autorizou a
presença deles no treino,
também foi contestado.
"Acabou com o centenário", e "cadê o planejamento?", foram gritos ouvidos.
Protestos da torcida corintiana se tornaram rotina
durante essa semana.
A pressão culminou na
demissão do técnico Adilson Batista e na dispensa,
por enquanto temporária,
do atacante Souza, com
contrato até 2012.
O interino Fábio Carille
disse que "os jogadores,
quando vêm para o Corinthians, têm que saber lidar
com a pressão". Desde que
os protestos se intensificaram, nenhum dirigente quis
dar entrevista.
(MF)
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