São Paulo, segunda-feira, 17 de outubro de 2011

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Abandonado, Palmeiras sofre revés

SÉRIE A Em semana difícil, equipe joga para cerca de 3.000 pessoas

Palmeiras 1
Valdivia, aos 28min do 2º tempo
Fluminense 2
Fred, aos 11min do 1º tempo e aos 41min do 2º tempo

LUCAS REIS
DE SÃO PAULO

O Palmeiras apresentou-se à sua torcida pela primeira vez após a estrondosa crise que começou na última terça e que ainda não terminou.
O que parece ter acabado de vez é a confiança do torcedor. Pouco mais de 3.000 torcedores foram ontem ao Canindé ver o time perder do Fluminense por 2 a 1 pelo Campeonato Brasileiro.
Algum desavisado provavelmente pensaria que o Fluminense jogava em casa. Pois a torcida carioca era praticamente metade do público, e os jogadores do Fluminense estavam muito à vontade.
Bem mais tranquilos que os palmeirenses, nervosos pela semana difícil e com desfalques que iam de Luiz Felipe Scolari, em Portugal para o casamento do filho, até Kleber, afastado pelo clube.
A nove rodadas do fim, parece difícil imaginar uma reação palmeirense, agora a nove pontos da zona de classificação para a Libertadores.
Desde o início do campeonato, o Palmeiras jamais esteve tão longe do G4.
Valdivia, de volta da seleção chilena, jogou os 90 minutos, arriscou alguns passes de efeito, gesticulou e reclamou bastante. Fez o gol de empate em um pênalti discutível em Luan, já no segundo tempo. E fez só isso.
Pois, em todo o primeiro tempo, a superioridade do Fluminense era enorme. Tanto que abriu o placar logo aos 11min, com Fred, de cabeça, livre na frente do gol. O Palmeiras estava perdido: batia cabeça, a marcação não funcionava, e só Deola é quem salvava a camisa alviverde.
No segundo tempo, o Palmeiras voltou melhor. Correu, pressionou e criou boas chances de gol até empatar com o pênalti cobrado pelo chileno já aos 28min.
Mas o Palmeiras parecia satisfeito com o empate.
E, se estivesse no Canindé ontem, Scolari provavelmente diria que nem time de várzea tomaria o segundo gol de Fred em um balão despretensioso. Thiago Heleno deixou Martinuccio cruzar, e o centroavante, livre, marcou.
No fim, a festa foi do Fluminense. A torcida do Palmeiras parecia ter entrado em um perigoso estado de conformismo. Poucas vaias e poucos gritos de protesto após a sétima derrota no Nacional, a primeira no Canindé. Apenas a cabeça baixa e o caminhar lento até a saída.



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