São Paulo, segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros hermanos Atletas do Brasil disputam Pan com irmãos e, algumas vezes, contra eles MARCEL MERGUIZO MARIANA LAJOLO ENVIADOS ESPECIAIS A GUADALAJARA Clã no handebol. Clã no ciclismo. Clã nas lutas. O Brasil em Guadalajara está repleto de irmãos disputando o mesmo esporte. E eles não pretendem deixar o posto para outras famílias. Os goleiros Maik, 30, e Marcão, 35, do handebol, revezam-se na defesa da seleção brasileira desde o Pan de Santo Domingo, em 2003, quando o mais velho foi campeão. O caçula ganhou o ouro no Rio, em 2007. Agora, em Guadalajara, pela primeira vez, estão juntos na equipe. E pretendem ir até Toronto-2015. "Vontade não falta. Se eu e o Maik estivermos em condições, estaremos lá", disse Marcão, que jogou o segundo tempo na vitória sobre o Canadá, ontem, por 46 a 17. "Tem uma renovação. Mas esses meninos precisam se espelhar em nós, e pensar: 'Poxa, precisamos tirar esses caras de lá'", emendou Maik. Ambos já têm filhos jogadores de handebol, Marcão é pai de Anderson, 17, e Maik, de Julia, de 13 anos. Assim também é no clã Fernandes, no ciclismo. Clemilda, 32, Janildes, 31, e Uênia, 27, -esta é prima- pedalam juntas na estrada e na pista no Pan mexicano. E já preparam o caminho para as descendentes. "A nova geração vai ficar no nosso lugar. Estarão em 2016", afirmou Clemilda, referindo-se à irmã mais nova, Márcia, 20, e às sobrinhas Flávia, 15, e Bruna, 14. Todas já competem no ciclismo. "Pedalamos juntas há 15 anos, ninguém se conhece tanto quanto nós. É um diferencial", explicou Clemilda, bronze no Rio-2007. A irmã Janildes foi prata no Pan de 2003 e bronze em 1999. Uênia, a única da família que ainda treina na Itália, não tem medalha ainda. Elas competem a partir de hoje. Outros irmãos que ainda vão estrear no Pan são Adrian, 30, e Antoine Jaoude, 34, das lutas. O mais velho, foi prata em Santo Domingo. Já o mais novo prepara a sequência da dinastia Jaoude. Ele é treinador de Nicolas, 17, irmão caçula. Ainda há o caso dos irmãos da ginástica artística Daniele, 27, e Diego Hypolito, 25. No badminton, Lohaynny, 15, e Luana Oliveira Vicente, 17. E Fernando, 27, e Felipe Neves, 22, no esqui aquático. No taekwondo, Márcio e Marcel Wenceslau lutam na mesma categoria, até 58 kg, e se revezam nas competições. Em Guadalajara, Márcio, 31, foi bronze. Marcel, 30, ajudou na preparação. Marcel foi a Atenas-2004, e seu irmão, a Pequim-2008. No Pan de Winnipeg-1999, Márcio competiu porque Marcel renunciou à vaga. Em Santo Domingo-2003, foi a vez de Marcel lutar. No Rio-2007, Márcio foi prata. "A gente se ajuda. É bom [ter o irmão como rival]. Um ajuda o outro a crescer", afirmou o mais velho do clã. Texto Anterior: Tiro esportivo: Brasileiro ganha sua 2ª medalha em Pans Próximo Texto: Frase Índice | Comunicar Erros

Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.