São Paulo, sábado, 17 de novembro de 2001

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VÔLEI

Equipe enfrenta o atual campeão, Banespa, na primeira partida da final

Após oito anos, Palmeiras volta hoje a decidir Paulista

MARIANA LAJOLO
DA REPORTAGEM LOCAL

Após oito anos, o Campeonato Paulista masculino de vôlei assistirá novamente a um clube de futebol na disputa pelo título.
Hoje, às 20h, o Banespa recebe o Palmeiras/Guarulhos na primeira partida da final, que será definida em série melhor de três jogos.
A última vez que o torneio teve um clube de futebol na decisão foi em 1993, quando o próprio Palmeiras perdeu para o Suzano.
Em 1992, as duas equipes já haviam disputado a final. Naquele ano, o time do técnico Ricardo Navajas ganhou o primeiro dos sete títulos paulistas que conquistou na década de 90.
Na época, o Palmeiras ainda contava com o patrocínio da multinacional Parmalat. Com um investimento alto, o clube montou um time com destaques como Édson, Talmo, Édson Pézão e Gílson. O técnico era Renan, medalha de prata em Los Angeles-84.
O maior feito daquela equipe foi o vice-campeonato da Superliga na temporada 1993/1994.
Com o desmanche do time e o fim dos investimentos, em 1994, o Palmeiras deixou a elite do vôlei.
Atualmente, o time alviverde mantém uma parceria com a cidade de Guarulhos, que já dura cerca de dois anos e meio.
Os jogadores realizam os treinos no ginásio do Palmeiras, mas a equipe manda seus jogos no João do Pulo, em Guarulhos.
O time representa a cidade nos Jogos Abertos do Interior e nos Jogos Regionais, dos quais foi campeão e vice, respectivamente, nesta temporada.
A atual equipe palmeirense tem apenas um remanescente da era Parmalat, o levantador Talmo, que estava no time campeão olímpico em Barcelona-92.
Para o técnico Cacá Bizzocchi, o fato de trabalhar em um clube de futebol lhe dá estabilidade.
A afirmação contrasta com os últimos acontecimentos envolvendo Flamengo e Vasco, campeão e vice da Superliga feminina.
Durante o Nacional, os clubes atrasaram o pagamento de salário das atletas e, após o fim do torneio, desmancharam os times.
"Não temo que o mesmo aconteça. O Palmeiras não tem como não continuar com a equipe, mesmo que não consiga patrocínio", acredita Bizzocchi. "Temos uma parceria financeiramente tímida com Guarulhos, mas o Palmeiras é um time de tradição. O interesse financeiro não está acima do interesse clubístico", completou.
Ao contrário do adversário da partida desta noite, o Palmeiras não tem jogadores da seleção.
O Banespa conta com o ponta Giovane, o meio-de-rede Rodrigão e o líbero Escadinha.
No Paulista, o desempenho do time palmeirense surpreendeu. Apontado como candidato a uma das vagas na semifinal no início do torneio, foi o primeiro colocado na fase de classificação, superando os favoritos Banespa e Suzano. Com isso, terá a vantagem de definir em casa a série final.
Para Bizzocchi, o sucesso de seu time sem estrelas era esperado.
"Nosso time é pouco experiente, mas muito bom tecnicamente e não trabalha em cima de destaques individuais. Como técnico, que acompanha o trabalho de perto, posso dizer que já esperava por isso. Mas quem está de fora pode ter ficado surpreso", disse.


NA TV - Sportv, ao vivo, a partir das 19h30




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