São Paulo, domingo, 17 de novembro de 2002

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Confiante, Lusa fecha olhos para a possibilidade de ser rebaixada

DA REPORTAGEM LOCAL

Quem olha a classificação do Brasileiro e os confrontos decisivos de hoje constata que a situação da Lusa é bastante delicada. Mas essa realidade está sendo evitada pelos jogadores e pela comissão técnica da equipe do Canindé, que pega o Bahia em Mogi Mirim.
Após as derrotas para Flamengo e Fluminense, a Lusa ficou muito perto da zona de rebaixamento. Está na 22ª colocação, com o mesmo número de pontos do Palmeiras, o melhor dos quatro piores.
Hoje, a equipe não poderá atuar em seu estádio. O adversário, o Bahia, um dos fundadores do Clube dos 13, está motivado a fugir do rebaixamento e joga com uma relativa vantagem do empate -uma igualdade mantém os baianos à frente dos lusos na tabela, o que não garante necessariamente permanência na elite.
O técnico Gilson Nunes, que estreou na derrota de 2 a 0 para o Flu, ainda não venceu neste Brasileiro -comandou o Atlético-PR em quatro jogos, obtendo dois empates e duas derrotas.
Apesar desses pontos desfavoráveis, a Lusa está confiante.
""Dependemos só de nós. Estou certo de que podemos conseguir um bom resultado nesse jogo", disse Nunes, que tem contrato até o final do Paulista, mas que pode ser sacado do time se o rebaixamento se tornar realidade.
O goleiro Bosco, que teve algumas atuações destacadas neste Brasileiro, mas que foi infeliz ao cometer dois pênaltis contra o Fluminense, também mostra autoconfiança antes da ""decisão".
""Nunca ficamos na zona de rebaixamento", disse o goleiro.
Até a metade da competição a Lusa chegou a surpreender e acenou com a possibilidade de brigar pela classificação. O rebaixamento, com razão na época, nem era cogitado. O caso, agora, é outro.
Desde 1988 (depois da Copa União) a Lusa frequenta a elite do futebol nacional. A queda significaria um retrocesso na trajetória do clube, que esteve perto do título do Brasileiro em 1996 -por poucos minutos não pegou a taça.
O maior orgulho da Lusa na atualidade é o atacante Ricardo Oliveira, que foi chamado para o jogo da seleção brasileira com a Coréia do Sul. Ele estará em campo hoje, assim como o zagueiro Luiz Henrique -aparece no lugar de César, que levou o terceiro cartão amarelo no jogo passado.


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