São Paulo, segunda-feira, 17 de novembro de 2008

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No sufoco, Santos bate o Inter

Contra os reservas do time gaúcho, clube paulista ganha só com um gol contra e alivia sua situação

Santos 1
Internacional 0

RICARDO VIEL
ENVIADO ESPECIAL A SANTOS

Durante a semana os santistas alertaram que enfrentar os reservas do Inter não era sinônimo de facilidade. E tinham razão. A equipe gaúcha, que poupou seu titulares pensando na Sul-Americana, esteve melhor em campo durante todo o jogo de ontem na Vila Belmiro.
Faltou sorte ao time do Sul, que perdeu com um gol contra de Gustavo Nery, revelado pelo Santos, após um chute sem direção do meia Quiñonez.
"Acho que no mundo do futebol não existe jogador que não serve para o grupo. A estrela dele [Quiñonez] brilhou e nos ajudou", disse o artilheiro Kléber Pereira após o jogo.
"Foi um jogo muito truncado. O adversário marcou bastante. Não acho que fomos mal. Saímos com a vitória, o futebol é assim", disse Wendel.
O Santos, que agora tem 43 pontos, volta a campo no sábado, em Curitiba, contra o Coritiba. A vitória coloca o time quatro pontos acima do Vasco, primeiro na zona do rebaixamento, e praticamente livre da descenso para a Série B.
"Matematicamente não estamos livres, mas dá para ficar mais tranqüilo", falou Wendel.
No início do jogo, os gaúchos, que só tinham um titular, o goleiro Lauro, demonstravam nervosismo e falta de entrosamento. Erravam passes simples e perdiam bolas dominadas em sua intermediária.
Aos poucos os jogadores do Inter conseguiram se acalmar e começaram a trocar passes. E foi assim que o time visitante criou a primeira chance de gol, aos 15min. Taíson recebeu livre na área, mas Douglas saltou em seus pés e evitou o gol.
Em todo o primeiro tempo as melhores chances foram da equipe do Sul. Rápido, o meia Taíson aparecia em vários lugares do campo e deixava a defesa santista assustada.
Em bolas alçadas na área o Inter também levava perigo. Bida, em cima da linha, evitou o gol dos adversários antes do fim do primeiro tempo.
No Santos, as poucas oportunidades foram de Kléber Pereira, que parava em Lauro e nos zagueiros adversários.
Com o time sendo pressionado e errando muito no ataque, a torcida do Santos começou a perder a paciência. A equipe deixou o campo no final da primeira etapa sob vaias. No intervalo, os jogadores do Inter reclamaram de um gol anulado.
"Eles estão marcando muito bem e jogando no contra-ataque. Mas estamos bem, só falta o gol", falou Domingos.
"Nossa equipe está se conhecendo, acho que fizemos um bom primeiro tempo", avaliou Daniel Carvalho, do Inter.
No segundo tempo, a situação permaneceu igual. Enquanto o Santos errava muitos passes, o Inter, rápido no contra-ataque, levava perigo.
Isolado no ataque, o artilheiro do Nacional, Kléber Pereira, quase não era acionado.
Vendo a equipe sem força, o técnico Márcio Fernandes sacou de uma vez Molina e Cuevas quando faltavam 30min para o fim do jogo. Michael, em sua primeira jogada, quase marcou. Lauro, cara a cara com o rival, fez grande defesa.
Mas o herói da noite seria outro atleta do banco. Em jogada pela esquerda, Quiñonez trouxe a bola para o meio e bateu firme. A bola ia sem direção, mas encontrou a cabeça de Gustavo Nery, enganou o goleiro Lauro, e morreu no gol.


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