São Paulo, segunda-feira, 17 de novembro de 2008

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Djokovic fatura Masters pela 1ª vez e mira o topo

Sérvio bate russo, encerra jejum de seis meses e termina a temporada a 10 pontos da segunda colocação do ranking

Tenista afirma que circuito está mais concorrido, que não se limita mais à disputa entre Nadal e Federer e que isso será bom para o esporte


DA REPORTAGEM LOCAL

Novak Djokovic terminou a temporada 2008 como começou: com um grande título.
O sérvio de 21 anos não conseguiu avançar no ranking e segue na terceira posição, mas já teve o gostinho de conquistar um Grand Slam (Aberto da Austrália, em janeiro) e o Masters (em Xangai, ontem).
A apenas 10 pontos do suíço Roger Federer, número dois do mundo, o objetivo de Djokovic agora é o topo do ranking.
"Acredito que eu tenho capacidade de chegar ao topo no ano que vem ou nos próximos anos", afirmou o sérvio após derrotar o russo Nikolay Davydenko por 2 a 0 (6/1 e 7/5), ontem, na final em Xangai. "É meu objetivo de vida."
Sua meta poderia estar mais próxima se, já classificado, não tivesse perdido a última partida da fase de grupos para o francês Jo-Wilfried Tsonga. "Eu aprendi a lição. Se ficar prestando muita atenção ao ranking, não vai funcionar", afirmou.
O triunfo sobre o mesmo adversário que derrotou em Melbourne, em janeiro, valia cem pontos. Ou seja, Djokovic poderia aparecer no ranking a ser divulgado hoje com 90 pontos a mais do que Federer.
Único além de Rafael Nadal e Federer a vencer um Grand Slam desde Roland Garros de 2005, Djokovic diz que o circuito está mais competitivo.
"Agora não é mais entre dois jogadores apenas. São cinco, seis, sete tenistas que estão jogando muito bem e qualquer um pode vencer", afirmou ele. "Acho que é bom para o esporte ver caras novas disputando as finais de grandes torneios."
Neste ano, pela primeira vez desde que passou a disputar o torneio, Federer não conseguiu avançar para as semifinais, após perder para os novatos Gilles Simon e Andy Murray.
O título no torneio que reúne os melhores tenistas da temporada marcou o fim de um jejum que vinha desde maio, quando Djokovic foi campeão do Masters Series de Roma.
Nesse período, o sérvio acumulou três vice-campeonatos (Queen's, Cincinnati e Bancoc).
A conquista também encerrou um excelente ano para a Sérvia. Horas antes de Djokovic entrar em quadra, seu compatriota Nenad Zimonjic venceu, ao lado do canadense Daniel Nestor, os irmãos Bob e Mike Bryan por 7/6 e 6/2. Com o título do Masters, a dupla assumiu o topo do ranking.
O país ainda tem Jelena Jankovic, a número um no feminino. "Acho que a Sérvia está se acostumando em ter o número um, então vou trabalhar para isso", brincou Djokovic, conhecido por ser dos tenistas mais bem-humorados do circuito.


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