DA REPORTAGEM LOCAL
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Pelo tamanho dos municípios, tem pouca lógica a distribuição dos R$ 345 mil que a CBF doou para candidatos nas eleições de outubro passado.
Mas pelo menos a entidade foi "multipartidária" e apostou certo nas suas escolhas. Os 12 candidatos que receberam dinheiro da CBF são de sete partidos diferentes, de variadas tendências políticas. Vão do DEM ao PC do B.
Os candidatos governistas (no plano federal), no entanto, foram mais beneficiados. O PT foi o partido com mais candidatos financiados pela confederação -foram quatro.
Já o PSDB, que tem alguns dos políticos mais importantes nas críticas à CBF, como o senador Álvaro Dias (PR) e o deputado federal Sílvio Torres (SP), não teve candidatos agraciados com as verbas da entidade.
A verba da CBF foi bem usada, isso se levado em conta o resultado das eleições. Dos 12 políticos apoiados pela entidade, sete tiveram sucesso.
Os vencedores dizem que o fato de terem recebido dinheiro da CBF não implica compromisso.
"Não tenho ligação nenhuma com a CBF e não devo favor a ninguém", diz Rogério Rocha Rafael, reeleito em Comercinho.
Quem perdeu também não tinha planos de parceria com a confederação.
"Não vou fazer nada com a CBF, foi só coisa de época de eleição mesmo", diz Vital Maria dos Santos, do PTB, que não teve sucesso na eleição para a Prefeitura de São José do Belmonte (PE). (PC E GA)


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