São Paulo, segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

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Novos Meninos da Vila dão show no Pacaembu

Neymar e Ganso marcam duas vezes cada um na reestreia vitoriosa de Giovanni

Rio Branco 0

Santos 4


RENAN CACIOLI
DA REPORTAGEM LOCAL

A expectativa ontem à noite era para o retorno de Giovanni, 37, ao Santos. Mas foi o quarteto Neymar, 17, André, 19, Ganso, 20, e Wesley, 22, quem roubou a cena no Pacaembu, na estreia da equipe no Paulista.
Foram os garotos da Vila Belmiro que deixaram o veterano meia à vontade para reestrear pelo clube em que brilhou em 1995. Quando ele entrou, aos 16min da etapa final, o time já batia por 2 a 0 o Rio Branco, que era o mandante -alegou problema sem seu estádio, em Americana, e agendou o jogo para São Paulo, faturando à custa da torcida adversária.
Velozes, ousados e eficientes, os jovens talentos santistas mostraram desde o início que não haviam entrado em campo só para fazer firulas. Com toques de primeira, tabelas e chutes de longa distância, infernizaram o goleiro Cristiano.
Paulo Henrique Ganso, o mais cerebral do quarteto, era quem ditava o ritmo do ataque. Acelerava nas ultrapassagens dos laterais, fazendo a bola correr até eles, ou a segurava em busca do melhor passe.
E, logo aos 3min, Ganso surpreendeu. Nem lançou, nem segurou a bola. Correu com ela até a intermediária rival e soltou a bomba no canto superior direito de Cristiano: 1 a 0.
Enquanto Neymar deitava e rolava pela esquerda, atraindo a marcação do volante Márcio Carioca, o meio ficava aberto para as investidas de Wesley.
Em um lance rápido, André buscou a bola na entrada da área e, de primeira, abriu para Ganso. O meia rolou para Neymar, que bateu no ângulo: 2 a 0.
A sintonia entre as duas maiores promessas santistas, que são amigos fora de campo, ficou evidente aos 38min. Ganso conduziu a bola pela meia esquerda. Nisso, Neymar passou pela esquerda do colega. Ganso, em vez de passar, chutou para o gol e errou. Neymar chiou, mas, a seguir, os dois se abraçaram.
Na etapa final, sim, Giovanni voltou a ser a atração do Santos.
Com a vitória sob controle, a torcida passou a aplaudir qualquer ação do meia, até quando ele percorreu a lateral com os demais reservas para se aquecer, aos 7min. Foi ovacionado.
O fato definitivo para assegurar ao técnico santista a tranquilidade para colocar Giovanni na partida veio aos 12min, quando o zagueiro Kléber, do Rio Branco, foi expulso.
No minuto seguinte, o Pacaembu ficou de pé, aplaudindo, ao observar seu eterno ídolo correr de trás do gol, onde se aquecia, para tirar o jaleco vermelho de reserva e ouvir as recomendações de Dorival Jr. Aos 16min, ele entrou com a 10. "É, Giovanni!", gritou a torcida.
Quatro minutos depois, o Messias, como é chamado pelos santistas, deixou Ganso na cara do gol: 3 a 0. E Neymar fechou a conta aos 47min. Em perfeita sintonia, o veterano e os garotos conduziram o Santos à estreia vitoriosa. "Jogar ao lado do Neymar é fácil. Jogar ao lado do Giovanni, que é gênio, é mais fácil ainda", declarou Ganso.
Na quarta-feira, eles jogam a primeira partida do ano na Vila Belmiro, contra a Ponte Preta.


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