São Paulo, domingo, 18 de fevereiro de 2007

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"Certinho", São Paulo anota gols raros

Marcado por lances estranhos, triunfo sobre o América deixa time na vice-liderança e como único invicto

América 2
São Paulo 4

DA REPORTAGEM LOCAL

O São Paulo foi ontem o time organizado que todos estão acostumado a ver. Mas contou com o imprevisto para bater o América, em São José do Rio Preto, por 4 a 2, e virar vice-líder e único invicto do Paulista.
Souza marcou de cabeça. Hugo, com o pé direito. Josué, que poucos gols faz, anotou de bico. E Leandro, que não é exímio finalizador, deu um giro na cara do goleiro para marcar o seu.
Mesmo com todos os treinos de Muricy Ramalho e o entrosamento dos jogadores são-paulinos, esses gols não se enquadram bem na normalidade.
O domínio tricolor foi absurdo. O estreante Marcel, atacante que substituiu Aloísio, foi só um dos que desperdiçaram grandes chances para marcar.
O grandalhão carimbou o travessão após receber de Leandro na cara do gol. Até que se mexeu e finalizou outras vezes, mas passou em branco.
Alex Silva, grandalhão, mas zagueiro, também acertou a trave do América. De cabeça, por pouco ele não ampliou sua fama de defensor-artilheiro.
Ilsinho, Júnior e Souza foram os velhos conhecidos do time que pintaram como novidades ontem. O ala-direito deitou e rolou, como de costume, mostrando que Reasco é só opção.
Júnior tocou bem a bola, para não variar e para ameaçar Jadílson. E o volante-meia deu mais poder ofensivo ao time, mas, apesar da boa atuação, terá que brigar com Fredson, cabeça-de-área mais marcador.
Prova do São Paulo mais ofensivo com Souza foi dada logo aos 21min, quando ele, meio de costas, desviou bom lançamento de Alex Silva para o gol.
Como estava fácil, ainda no primeiro tempo o falastrão são-paulino participou de lindo lance em que finalizou forte nas mãos do goleiro André Zuba.
O 2 a 0 poderia sair de várias formas, mas veio com o pé direito de Hugo. O meia-atacante, que se movimentou ontem bem mais que o velho Danilo, fintou Jamur e chutou com estilo mesmo com a perna ruim.
""O São Paulo é um time que trabalha bem a bola. É difícil", diz Doriva, volante do América que em 1993 ajudou o São Paulo a ser bicampeão mundial.
No segundo tempo, mesmo com um ritmo não tão forte, a pressão são-paulina seguiu. Logo no segundo minuto, Josué foi à frente, tabelou com Hugo e, apertado por três adversários, não teve nenhuma vergonha de chutar de bico: 3 a 0.
O quarto gol são-paulino começou com Souza pela esquerda, o que já não é normal. Ele invadiu a área e tocou para Leandro, que estava de costas para o gol. Ele virou rapidamente e marcou também o seu, pouco antes de ser substituído.
Muricy sacou Marcel e colocou Rafinha, além de lançar Lenílson na vaga de Leandro.
O América descontou com o seu Rafinha. Nas costas de Júnior, recebeu e chutou cruzado para vencer Rogério. O goleiro tricolor, aliás, bateu uma falta muito bem, algo normal, mas a bola saiu. Só teve gol incomum mesmo, tanto que Adriano Peixe descontou aos 47min, quando o América tinha só nove em campo. (RODRIGO BUENO)


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