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"Certinho", São Paulo anota gols raros
Marcado por lances estranhos, triunfo sobre o América deixa time na vice-liderança e como único invicto
América 2
São Paulo 4
DA REPORTAGEM LOCAL
O São Paulo foi ontem o time
organizado que todos estão
acostumado a ver. Mas contou
com o imprevisto para bater o
América, em São José do Rio
Preto, por 4 a 2, e virar vice-líder e único invicto do Paulista.
Souza marcou de cabeça. Hugo, com o pé direito. Josué, que
poucos gols faz, anotou de bico.
E Leandro, que não é exímio finalizador, deu um giro na cara
do goleiro para marcar o seu.
Mesmo com todos os treinos
de Muricy Ramalho e o entrosamento dos jogadores são-paulinos, esses gols não se enquadram bem na normalidade.
O domínio tricolor foi absurdo. O estreante Marcel, atacante que substituiu Aloísio, foi só
um dos que desperdiçaram
grandes chances para marcar.
O grandalhão carimbou o
travessão após receber de
Leandro na cara do gol. Até que
se mexeu e finalizou outras vezes, mas passou em branco.
Alex Silva, grandalhão, mas
zagueiro, também acertou a
trave do América. De cabeça,
por pouco ele não ampliou sua
fama de defensor-artilheiro.
Ilsinho, Júnior e Souza foram os velhos conhecidos do time que pintaram como novidades ontem. O ala-direito deitou
e rolou, como de costume, mostrando que Reasco é só opção.
Júnior tocou bem a bola, para não variar e para ameaçar
Jadílson. E o volante-meia deu
mais poder ofensivo ao time,
mas, apesar da boa atuação, terá que brigar com Fredson, cabeça-de-área mais marcador.
Prova do São Paulo mais
ofensivo com Souza foi dada logo aos 21min, quando ele, meio
de costas, desviou bom lançamento de Alex Silva para o gol.
Como estava fácil, ainda no
primeiro tempo o falastrão são-paulino participou de lindo lance em que finalizou forte nas
mãos do goleiro André Zuba.
O 2 a 0 poderia sair de várias
formas, mas veio com o pé direito de Hugo. O meia-atacante, que se movimentou ontem
bem mais que o velho Danilo,
fintou Jamur e chutou com estilo mesmo com a perna ruim.
""O São Paulo é um time que
trabalha bem a bola. É difícil",
diz Doriva, volante do América
que em 1993 ajudou o São Paulo a ser bicampeão mundial.
No segundo tempo, mesmo
com um ritmo não tão forte, a
pressão são-paulina seguiu. Logo no segundo minuto, Josué
foi à frente, tabelou com Hugo
e, apertado por três adversários, não teve nenhuma vergonha de chutar de bico: 3 a 0.
O quarto gol são-paulino começou com Souza pela esquerda, o que já não é normal. Ele
invadiu a área e tocou para
Leandro, que estava de costas
para o gol. Ele virou rapidamente e marcou também o seu,
pouco antes de ser substituído.
Muricy sacou Marcel e colocou Rafinha, além de lançar Lenílson na vaga de Leandro.
O América descontou com o
seu Rafinha. Nas costas de Júnior, recebeu e chutou cruzado
para vencer Rogério. O goleiro
tricolor, aliás, bateu uma falta
muito bem, algo normal, mas a
bola saiu. Só teve gol incomum
mesmo, tanto que Adriano Peixe descontou aos 47min, quando o América tinha só nove em
campo.
(RODRIGO BUENO)
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