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Rei da bola parada, São Paulo perde invencibilidade diante do Marília
Tom Dib/Lancepress
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Em Marília, Rogério busca a bola após gol de Júlio César |
Marília 3
São Paulo 2
DA REPORTAGEM LOCAL
O São Paulo ganhou ontem
com Hernanes mais uma arma
na bola parada, viu Jorge Wagner fazer o quinto gol de falta
do time na temporada, mas deixou de ser, em Marília, o último
invicto do Paulista.
A primeira queda em 2008
lembrou a última queda do
Paulista de 2007. A última vez
que o time de Muricy Ramalho
sofrera mais de dois gols numa
partida fora nos 4 a 1 diante do
São Caetano, no Morumbi, pelas semifinais do ano passado.
Um erro do juiz José Henrique de Carvalho criou sérios
problemas para a equipe são-paulina. Ele viu um pênalti inexistente de André Dias em Camilo, que se jogou na área ao sofrer o contato. André Dias foi
expulso, e Júlio César converteu, no canto oposto a Rogério.
"Não podemos jogar a responsabilidade para o árbitro,
mas eles estão com facilidade
para marcar contra", disse Muricy, após o jogo. André Dias foi
mais incisivo. "Essa arbitragem
não está tendo critério. É engraçado que a interpretação
sempre não é a favor do São
Paulo", disse o jogador.
O árbitro foi abordado no fim
de cada tempo pelos são-paulinos. Rogério foi ponderar com
Carvalho no intervalo e, ao fim,
foi a vez de Muricy.
A expulsão desestruturou
um sistema defensivo que não
estava em grande dia. No primeiro gol, Juninho errou a saída de bola e, no cruzamento gerado pelo contra-ataque, Alex
estava mal colocado, a ponto de
não alcançar a bola que chegou
até Camilo. O atacante dominou e girou para marcar.
Tudo isso num jogo que começou com equilíbrio entre as
duas forças. O São Paulo havia
tido a melhor chance do jogo
quase sem querer, quando Hugo tentou cruzar da esquerda e
acabou acertando a trave oposta do goleiro Mauro.
Mas aos 25min, veio o golpe
e, aos 31min, o pênalti mal marcado e a expulsão de André
Dias. Para recompor sua defesa, Muricy sacou o meia Hugo e
pôs o volante Zé Luís para tampar o buraco defensivo.
Errando muito, o São Paulo
conseguiu chegar ao gol numa
cobrança de falta perfeita.
Buscando o ângulo esquerdo
de Mauro, Hernanes, um dos
melhores em campo, diminuiu
a aflição antes do intervalo.
Veio o segundo tempo e logo
aos 3min, Jorge Wagner cobrou falta da direita. O que era
para ser um cruzamento acabou entrando sem necessitar
de desvio. Era o 2 a 2.
A invencibilidade parecia estar a ponto de ser mantida, mas
o time do Morumbi ainda sentia o fato de ter um homem a
menos e o desentrosamento
dos defensores. O ataque, formado por Aloísio e Borges, fez
apenas três finalizações das 16
são-paulinas contadas pelo Datafolha em todo o jogo. Muricy
tentou mais agressividade com
Dagoberto no lugar de Borges.
E foi aí que, em mais uma jogada de bola aérea -como a do
primeiro gol- o Marília marcou o seu terceiro e selou a vitória. Foi a vez de Camilo cruzar
para a cabeçada de Magno, que
se antecipou ao volante Zé Luís
e marcou o 3 a 2.
Muricy ainda fez uma última
alteração, tirando Reasco e
pondo o ala Júnior. Nem a expulsão de Fernando, aos
39min, deu alento aos tricolores, e o Marília ainda teve uma
última chance com Júlio César.
Na próxima quinta-feira, o
São Paulo, agora a seis pontos
da líder Ponte Preta, mas ainda
em terceiro, enfrentará o Paulista no estádio do Morumbi.
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