São Paulo, segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008

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Rei da bola parada, São Paulo perde invencibilidade diante do Marília

Tom Dib/Lancepress
Em Marília, Rogério busca a bola após gol de Júlio César


Marília 3
São Paulo 2

DA REPORTAGEM LOCAL

O São Paulo ganhou ontem com Hernanes mais uma arma na bola parada, viu Jorge Wagner fazer o quinto gol de falta do time na temporada, mas deixou de ser, em Marília, o último invicto do Paulista.
A primeira queda em 2008 lembrou a última queda do Paulista de 2007. A última vez que o time de Muricy Ramalho sofrera mais de dois gols numa partida fora nos 4 a 1 diante do São Caetano, no Morumbi, pelas semifinais do ano passado.
Um erro do juiz José Henrique de Carvalho criou sérios problemas para a equipe são-paulina. Ele viu um pênalti inexistente de André Dias em Camilo, que se jogou na área ao sofrer o contato. André Dias foi expulso, e Júlio César converteu, no canto oposto a Rogério.
"Não podemos jogar a responsabilidade para o árbitro, mas eles estão com facilidade para marcar contra", disse Muricy, após o jogo. André Dias foi mais incisivo. "Essa arbitragem não está tendo critério. É engraçado que a interpretação sempre não é a favor do São Paulo", disse o jogador.
O árbitro foi abordado no fim de cada tempo pelos são-paulinos. Rogério foi ponderar com Carvalho no intervalo e, ao fim, foi a vez de Muricy.
A expulsão desestruturou um sistema defensivo que não estava em grande dia. No primeiro gol, Juninho errou a saída de bola e, no cruzamento gerado pelo contra-ataque, Alex estava mal colocado, a ponto de não alcançar a bola que chegou até Camilo. O atacante dominou e girou para marcar.
Tudo isso num jogo que começou com equilíbrio entre as duas forças. O São Paulo havia tido a melhor chance do jogo quase sem querer, quando Hugo tentou cruzar da esquerda e acabou acertando a trave oposta do goleiro Mauro.
Mas aos 25min, veio o golpe e, aos 31min, o pênalti mal marcado e a expulsão de André Dias. Para recompor sua defesa, Muricy sacou o meia Hugo e pôs o volante Zé Luís para tampar o buraco defensivo.
Errando muito, o São Paulo conseguiu chegar ao gol numa cobrança de falta perfeita.
Buscando o ângulo esquerdo de Mauro, Hernanes, um dos melhores em campo, diminuiu a aflição antes do intervalo.
Veio o segundo tempo e logo aos 3min, Jorge Wagner cobrou falta da direita. O que era para ser um cruzamento acabou entrando sem necessitar de desvio. Era o 2 a 2.
A invencibilidade parecia estar a ponto de ser mantida, mas o time do Morumbi ainda sentia o fato de ter um homem a menos e o desentrosamento dos defensores. O ataque, formado por Aloísio e Borges, fez apenas três finalizações das 16 são-paulinas contadas pelo Datafolha em todo o jogo. Muricy tentou mais agressividade com Dagoberto no lugar de Borges.
E foi aí que, em mais uma jogada de bola aérea -como a do primeiro gol- o Marília marcou o seu terceiro e selou a vitória. Foi a vez de Camilo cruzar para a cabeçada de Magno, que se antecipou ao volante Zé Luís e marcou o 3 a 2.
Muricy ainda fez uma última alteração, tirando Reasco e pondo o ala Júnior. Nem a expulsão de Fernando, aos 39min, deu alento aos tricolores, e o Marília ainda teve uma última chance com Júlio César.
Na próxima quinta-feira, o São Paulo, agora a seis pontos da líder Ponte Preta, mas ainda em terceiro, enfrentará o Paulista no estádio do Morumbi.


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