DA REPORTAGEM LOCAL

No 5.000º de sua história, o Corinthians homenageou ídolos do passado, como Sócrates, Basílio, Biro-Biro e Zé Maria. Mas foi Marcelinho, 36, quem roubou a cena. Ele criticou o técnico do Palmeiras, Vanderlei Luxemburgo, por tê-lo tirado da seleção e disse estar em "paz" com o ex-clube após disputa judicial encerrada em 2006. Dias atrás, disse à Folha que falou com o presidente do clube, Andres Sanchez, sobre encerrar sua carreira no Parque São Jorge. "Está crescendo no meu coração e no do presidente um projeto para encerrar a carreira no Corinthians", disse Marcelinho, que atualmente defende o Santo André da Série A-2 do Paulista. Segundo ele, se retornar ao Corinthians seria por um valor simbólico. "Voltaria por R$ 1 por mês. O problema não é dinheiro", afirmou. Essa conversa, de acordo com Marcelinho, ocorreu na festa de casamento do lateral Coelho, em 2007. Andres nega. Por meio de sua assessoria, disse que não tem interesse na volta do jogador. Há dois anos, Marcelinho fez um acordo com o clube para encerrar ação na Justiça em que foi condenado a pagar R$ 8 milhões ao clube do Parque São Jorge por ter rescindido unilateralmente contrato com o clube. Após negociação, ficou definido que o time ficaria com o apartamento do atleta, avaliado em R$ 2 milhões. Até hoje, a diretoria tenta tomar posse do imóvel. "Eu não devo mais nada ao Corinthians, que também não me deve nada. Estamos em paz", afirmou Marcelinho, que segue em atrito com Vanderlei Luxemburgo. "A gente deveria perguntar ao técnico do Palmeiras porque ele me tirou da seleção. Um dia ele vai ter que explicar isso", falou o atleta, que deixou ser convocado algumas vezes pelo treinador quando ele dirigiu o Brasil, entre 1998 e 2000.0 (EAR)