São Paulo, segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008

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Título põe Camilo quase em Pequim

Resultados ruins de Canto na Copa do Mundo praticamente garantem vaga para campeão mundial

LUÍS FERRARI
DA REPORTAGEM LOCAL

Com o término do primeiro ciclo de competições na Europa válidas como seletiva nacional para Pequim-08, o campeão mundial dos 81 kg, Tiago Camilo, tem tudo para ser confirmado como titular da equipe, mesmo sem ainda ter lutado as suas etapas do qualificatório.
Segundo a Folha apurou, só uma contusão tira o melhor judoca do último Mundial de sua segunda Olimpíada. Seu rival pela vaga, Flávio Canto, bronze em Atenas-04, repetiu ontem, na Copa do Mundo de Viena, o desempenho que tivera há uma semana na Supercopa de Paris -perdeu a primeira luta e não voltou para a repescagem.
Na pior das hipóteses, Camilo igualará a campanha com duas derrotas em duas competições nas etapas que tem previstas para lutar a partir do final de semana, a Supercopa do Mundo de Hamburgo (Alemanha) e a Copa do Mundo de Praga (República Tcheca).
Mas, como já tinha a seu favor o título mundial como critério de desempate, o vice-campeão olímpico em Sydney-00 iniciara o processo seletivo em vantagem sobre Canto.
Depois de conquistar o Mundial, no ano passado no Rio, Camilo dissera que seria injusto se não fosse a Pequim. Ele destacou que, a exemplo dos meio-leves João Derly e Érika Miranda, havia obtido, no tatame, os resultados para ser antecipadamente alçado a titular em Pequim, sem passar pelo processo seletivo deste ano.
No masculino, a Confederação Brasileira de Judô estipulara como meta o título no Pan e ao menos a prata no Mundial. Camilo ganhou os dois, mas o primeiro torneio numa classe de peso acima da sua, os 90 kg. No mesmo evento, Canto, representante do país nos 81 kg, lesionou o braço direito, o que o tirou do Mundial.
No ciclo olímpico anterior, os dois protagonizaram a seletiva mais disputada, definida apenas nos segundos finais na última luta entre eles, com uma punição favorável a Canto. Na ocasião, Camilo ameaçou acionar a Justiça comum para não ficar fora da Olimpíada, estratégia que não levou a cabo.
Na época, o modelo do qualificatório era diferente. Em vez de os dois concorrentes lutarem etapas da Copa e a definição do titular sair da comparação dos desempenhos de ambos, ocorria o confronto direto.
Canto não foi o único atleta da delegação brasileira que não conseguiu vitórias nas duas competições realizadas nos últimos 15 dias. Além dele, Vânia Ishii (63 kg) e Aline Puglia (acima de 78 kg) perderam todas as lutas disputadas. O destaque positivo ficou por conta da peso-ligeiro (48 kg) piauiense Sarah Menezes, 17, bronze anteontem na Copa do Mundo de Budapeste (Hungria).


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