São Paulo, terça-feira, 18 de março de 2008

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São Paulo absolve árbitro, mas não cotovelada rival

Vice de futebol afirma que pênaltis foram anotados com correção e diz ser "inegável" que a equipe não está rendendo

Clube se prepara para jogo pela Libertadores e espera que Kléber, do Palmeiras, seja denunciado por golpe no zagueiro André Dias


MÁRVIO DOS ANJOS
DA REPORTAGEM LOCAL

Se, após a derrota para o Palmeiras, o superintendente Marco Aurélio Cunha condenou a arbitragem e o técnico Muricy Ramalho preferiu não comentar, ontem o vice-presidente de futebol do São Paulo deu a palavra final sobre o juiz Flávio Rodrigues Guerra.
Para Carlos Augusto Barros e Silva, o único erro do árbitro no 4 a 1 em Ribeirão Preto foi não ter dado um cartão vermelho a Kléber pela cotovelada em André Dias, no primeiro tempo.
"Vendo pela TV, como eu vi, foi o único erro que o juiz cometeu", disse o vice, absolvendo o árbitro das declarações de Marco Aurélio. "A vitória do Palmeiras foi incontestável."
Para Barros e Silva, o superintendente tricolor "defende o São Paulo com muito brilhantismo", mas, desta vez, a superioridade do adversário decidiu a partida. E afirmou que pretende fazer uma análise interna do mau rendimento do time.
"Vamos sentar e ver o que está errado, é inegável que o time não está rendendo. Não existem culpados", declarou.
No elenco, o eco é o mesmo. "Não podemos falar nada agora. Temos que trabalhar e dar uma resposta para o nosso torcedor", disse o volante Zé Luis, que atuou na ala direita.
Se os pênaltis já foram digeridos, a cotovelada de Kléber em André Dias, no entanto, continuará sendo assunto. Ontem, o zagueiro apareceu com o supercílio costurado e demonstrou certa mágoa com o rival.
"Na hora, ele me pediu desculpas dizendo que tinha sido sem querer, e eu aceitei. Mas, vendo as imagens, fica claro que ele fez intencionalmente", afirmou o zagueiro.
O São Paulo espera que a procuradoria do TJD da Federação Paulista de Futebol denuncie a agressão sem precisar de uma representação. Até ontem, porém, o procurador-geral Antonio Carlos Meccia não tinha visto as imagens do lance.
Se o São Paulo abrir uma representação contra o Palmeiras, a guerra no tapetão promete ter contra-ataque. "Houve um tapa de Richarlyson e uma joelhada de Jorge Wagner, ambos no Valdivia", disse Luiz Roberto Martins Castro, advogado do clube alviverde.
Nesta quinta, os são-paulinos deixam um pouco o Estadual de lado e, em busca de alívio imediato, pegam o Sportivo Luqueño, em Luque. O técnico Muricy Ramalho comemorou o tempo para recuperação.
"Jogando só na quinta, tudo bem. Não dá para falar de cansaço", afirmou o treinador, que disse ao sair do estádio Santa Cruz, em Ribeirão Preto, que seu time estaria na fase decisiva do Campeonato Paulista.
Em seu grupo na Libertadores, o São Paulo está empatado com o colombiano Nacional de Medellín, com quatro pontos. O Luqueño tem três, e o chileno Audax Italiano, nenhum.


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