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São Paulo absolve árbitro, mas não cotovelada rival
Vice de futebol afirma que pênaltis foram anotados com correção e diz ser "inegável" que a equipe não está rendendo
Clube se prepara para jogo pela Libertadores e espera que Kléber, do Palmeiras, seja denunciado por golpe no zagueiro André Dias
MÁRVIO DOS ANJOS
DA REPORTAGEM LOCAL
Se, após a derrota para o Palmeiras, o superintendente
Marco Aurélio Cunha condenou a arbitragem e o técnico
Muricy Ramalho preferiu não
comentar, ontem o vice-presidente de futebol do São Paulo
deu a palavra final sobre o juiz
Flávio Rodrigues Guerra.
Para Carlos Augusto Barros e
Silva, o único erro do árbitro no
4 a 1 em Ribeirão Preto foi não
ter dado um cartão vermelho a
Kléber pela cotovelada em André Dias, no primeiro tempo.
"Vendo pela TV, como eu vi,
foi o único erro que o juiz cometeu", disse o vice, absolvendo o árbitro das declarações de
Marco Aurélio. "A vitória do
Palmeiras foi incontestável."
Para Barros e Silva, o superintendente tricolor "defende o
São Paulo com muito brilhantismo", mas, desta vez, a superioridade do adversário decidiu
a partida. E afirmou que pretende fazer uma análise interna
do mau rendimento do time.
"Vamos sentar e ver o que está errado, é inegável que o time
não está rendendo. Não existem culpados", declarou.
No elenco, o eco é o mesmo.
"Não podemos falar nada agora. Temos que trabalhar e dar
uma resposta para o nosso torcedor", disse o volante Zé Luis,
que atuou na ala direita.
Se os pênaltis já foram digeridos, a cotovelada de Kléber em
André Dias, no entanto, continuará sendo assunto. Ontem, o
zagueiro apareceu com o supercílio costurado e demonstrou certa mágoa com o rival.
"Na hora, ele me pediu desculpas dizendo que tinha sido
sem querer, e eu aceitei. Mas,
vendo as imagens, fica claro
que ele fez intencionalmente",
afirmou o zagueiro.
O São Paulo espera que a procuradoria do TJD da Federação
Paulista de Futebol denuncie a
agressão sem precisar de uma
representação. Até ontem, porém, o procurador-geral Antonio Carlos Meccia não tinha
visto as imagens do lance.
Se o São Paulo abrir uma representação contra o Palmeiras, a guerra no tapetão promete ter contra-ataque. "Houve
um tapa de Richarlyson e uma
joelhada de Jorge Wagner, ambos no Valdivia", disse Luiz Roberto Martins Castro, advogado do clube alviverde.
Nesta quinta, os são-paulinos
deixam um pouco o Estadual de
lado e, em busca de alívio imediato, pegam o Sportivo Luqueño, em Luque. O técnico Muricy Ramalho comemorou o
tempo para recuperação.
"Jogando só na quinta, tudo
bem. Não dá para falar de cansaço", afirmou o treinador, que
disse ao sair do estádio Santa
Cruz, em Ribeirão Preto, que
seu time estaria na fase decisiva
do Campeonato Paulista.
Em seu grupo na Libertadores, o São Paulo está empatado
com o colombiano Nacional de
Medellín, com quatro pontos.
O Luqueño tem três, e o chileno
Audax Italiano, nenhum.
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