DA REPORTAGEM LOCAL

Os ministros do Esporte da União Européia e os presidentes dos comitês olímpicos do continente divulgaram ontem declaração rejeitando boicotar os Jogos de Pequim.
Esportistas defenderam essa idéia nos últimos dias diante dos distúrbios no Tibete -o governo no exílio calcula em ao menos 87 os mortos na repressão.
"Com a adoção da declaração comum, conseguimos um grande progresso porque é a primeira vez que as entidades do esporte e do mundo civil destacam a importância do esporte na sociedade", afirma Milan Zver, ministro do Esporte da Eslovênia.
Togay Bayatli, vice-presidente dos Comitês Olímpicos Europeus, justificou a iniciativa dizendo que é necessário separar esporte e política. "No caso de boicote, são os esportistas os que mais sofrem, como aconteceu nos Jogos de Moscou e de Los Angeles."
Ontem, Arne Ljungqvist, presidente do Comitê Médico do COI, destacou outro problema da Olimpíada chinesa: a poluição do ar e a umidade de Pequim. Para ele, o ar contaminado e o calor podem afetar as funções respiratórias e provocar asma em atletas mais sensíveis.
As condições meteorológicas serão monitoradas todos os dias e, dependendo delas, uma comissão, formada pelo COI e pelas federações de cada esporte, decidirá se alguma prova será ou não realizada.