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vencer ou vencer
FIA muda radicalmente a F-1
A partir desta temporada, campeão será definido pela quantidade de vitórias, e não mais de pontos
Para 2010, equipes poderão
seguir teto de 33 milhões
e, em troca, serão liberadas
para desenvolver motores
e
melhorar a aerodinâmica
DA REPORTAGEM LOCAL
Na semana que antecede a
abertura do 60º Mundial de
F-1, a FIA lançou ontem um pacote com novidades que devem
mudar a essência da categoria.
Pela primeira vez na história,
em 2009 o campeão será definido pela quantidade de vitórias, não mais de pontos -a
pontuação a partir de agora só
servirá para determinar a posição do vice ao último colocado.
A regularidade, que sempre
foi exaltada pelos pilotos como
o "segredo" para ganhar títulos,
dará lugar à agressividade. Agora, só a vitória vai interessar.
A ideia de valorizar mais os
triunfos vem sendo discutida
há algum tempo, mas ganhou
peso após o Mundial do ano
passado, quando Lewis Hamilton sagrou-se campeão com
um ponto a mais e uma vitória a
menos que Felipe Massa.
Mas não será só isso que mudará para os pilotos já na temporada que começa na sexta,
dia 27. Eles também terão de ficar mais acessíveis para os torcedores e para a imprensa.
Na prática, isso significará
sessões compulsórias de autógrafos no primeiro dia de treinos e disponibilidade para conceder entrevistas ao deixar a
classificação e a corrida, mesmo que antes do encerramento.
Outra novidade é que o peso
dos carros será divulgado após
a classificação, o que significa
que as estratégias de corrida
passarão a ser conhecidas não
só pelos rivais mas pelos fãs.
Porém a mudança definida
ontem pelo Conselho Mundial
da FIA, em Paris, que deve gerar mais controvérsia e da qual
os times já começam a reclamar, ficou para o ano que vem.
A partir de 2010 as equipes
terão a opção de competir com
carros construídos e mantidos
dentro de um teto orçamentário de 33 milhões (o que equivale a cerca de R$ 97 milhões)
-como comparação, estima-se
que a Ferrari tenha gasto mais
de R$ 980 milhões em 2008.
Para os que fizerem essa escolha, uma série de liberdades
técnicas será concedida.
A parte inferior dos carros
poderá ter mais eficiência aerodinâmica -para este ano, o
regulamento proíbe qualquer
apêndice aerodinâmico-, asas
móveis serão permitidas, os
motores poderão ser desenvolvidos (atualmente estão congelados) e não haverá limitação
de giros (em 2009 podem chegar no máximo a 18 mil rpm).
Ou seja, a isonomia técnica
que sempre caracterizou a categoria desaparecerá, e o grid
será dividido em ricos, que seguem normas mais rígidas, e
pobres, com mais liberdade.
A implementação dessa novidade pela entidade que comanda o automobilismo visa a
atrair novas equipes para a F-1,
que atualmente conta com dez
times. Tanto é assim que Max
Mosley, presidente da FIA, declarou que irá pedir em breve
mais alterações nas regras.
"Pediremos ao Conselho
Mundial que concorde em aumentar o número de times permitidos a estar no grid [atualmente são 12], se a Comissão
de Segurança não se opuser."
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