São Paulo, quinta-feira, 18 de março de 2010 |
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FUTEBOL Procura-se um Beckham
RODRIGO BUENO DA REPORTAGEM LOCAL NA ÁFRICA DO SUL uma das lendas das Copas diz que Maradona jogou o Mundial de 94 por conta de acordo com a Fifa e a organização para chamar a atenção do público nos EUA, mais interessado em outros esportes. Isso é mais lenda do que verdade, mas é fato que a presença do astro foi importante para aquele evento em "local novo". Na África do Sul, cresceu a preocupação com a ausência de um "Maradona" em campo. Os dois jogadores com a marca mais valiosa do mundo (segundo estudo de empresa alemã no ano da última Copa e que ainda é atual) estão fora da disputa pioneira na África: Ronaldinho e Beckham. A organização do Mundial se manifestou oficialmente sobre a contusão do inglês. Rich Mkhondo, porta-voz do Comitê Organizador, ressaltou que Beckham é um nome "familiar" e que fará falta. "Ele aumentaria a presença de espectadores." Na Cidade do Cabo, onde Beckham foi atração no sorteio dos grupos, a presença dele, como convidado, é dada como certa. A região é das que menos se empolgam com o futebol no país, e Beckham é familiar até para os atletas do rúgbi e do críquete. Foi recebido com pompa por Helen Zille, premier da Província onde está a Cidade do Cabo, e seu filho, fã de rúgbi que tirou fotos com o astro. Só agora a imprensa internacional começa a perceber que Ronaldinho não jogará pelo Brasil, que já não terá, após quatro Copas, o Ronaldo mais vitorioso. Do top 10 da lista de 2006 de mais "valiosos", há quatro fora da Copa: os três citados aqui e Ibrahimovic. Tomando como base a publicidade global, as principais marcas serão Drogba, Niño Torres, Henry, Kaká e Messi (Cristiano Ronaldo não figura em campanha da Coca-Cola). Todos esses estão fora de suas melhores condições marqueteiras: gol usando mão, crise no clube, polêmica, desconfiança na seleção... E o "astro" sul-africano? Pienaar (conhecido mais no Brasil pelo "Funk do Joel") era capa na revista que encontrei largada no aeroporto de Johannesburgo. A matéria, que ocupava só uma das 64 páginas da revista, questionava se ele enfim iria brilhar. NOTAS DA COPA-1962 1º Brasil 8 2º Tchecoslováquia 7 3º Chile, Hungria, Iugoslávia e URSS 6 7º Alemanha e Espanha 5 9º Inglaterra 4 10º Argentina, Itália, México e Uruguai 3 14º Colômbia 2 15º Bulgária e Suíça 1 NOTAS DA COPA-1966 1º Inglaterra 9 2º Alemanha e Portugal 8 4º União Soviética 7 5º Argentina e Coreia do Norte 6 7º Hungria e Uruguai 5 9º Brasil, Espanha e México 3 12º França e Itália 2 14º Bulgária, Chile e Suíça 1 rodrigo.bueno@grupofolha.com.br Texto Anterior: Bate-papo: Couto comenta deboche nos gramados Próximo Texto: Juca Kfouri: O soneto é pior que a emenda Índice |
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