São Paulo, quinta-feira, 18 de março de 2010

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São Paulo joga pelo presidente

Time tenta hoje, contra o Nacional-PAR, pela Libertadores, superar as críticas de Juvenal Juvêncio

Apesar das reclamações do cartola em relação à atuação de seus atletas, equipe, que jogará sem desfalques, não perde há cinco partidas

Ricardo Nogueira/Folha Imagem
O técnico Ricardo Gomes orienta treino do São Paulo para jogo com Nacional pela Libertadores

DA REPORTAGEM LOCAL Um adversário frágil, uma sequência de cinco partidas sem derrota, um elenco sem desfalques e uma semana completa sem viagens, com três partidas consecutivas no Morumbi.
Todas estas condições convergiram, nesta semana, a favor do São Paulo, que hoje enfrenta o paraguaio Nacional, às 21h30, pela Taça Libertadores.
Mas, mesmo com a conjuntura propícia, o time tricolor não vive dias tranquilos. Desta vez, o foco de tensão está dentro do clube. Mais precisamente, na sala da presidência.
Apesar de a equipe estar há cinco jogos sem perder, com quatro vitórias e um empate, Juvenal Juvêncio se tornou um dos mais frequentes críticos do futebol apresentado pelo time.
A opinião corrente do mandatário é que o São Paulo tem um elenco forte após a contratação de 11 reforços para a temporada. O problema, diz Juvenal, é que as peças até agora não se encaixaram em campo.
Contratados com status de estrelas do elenco, Marcelinho Paraíba -que nem sequer foi relacionado para a partida de hoje-, Cléber Santana e Cicinho ainda não empolgaram. Outros reforços, como Carlinhos Paraíba e André Luis, pouco atuam entre os titulares.
Na semana passada, o dirigente reclamou publicamente da atuação do time contra o mesmo Nacional-PAR, após a vitória por 2 a 0 em Assunção.
Outros cartolas do clube, como o superintendente de futebol, Marco Aurélio Cunha, e o vice-presidente de futebol, Carlos Augusto de Barros e Silva, também reiteraram as reclamações do mandatário.
Por isso, além de manter o time em posição confortável no Grupo 2 da Libertadores, o São Paulo pretende vencer seu rival paraguaio para agradar -ou calar- o presidente do clube.
"Diferentemente de alguns presidentes, ele [Juvenal Juvêncio] conhece futebol. Nós sabemos que estamos devendo um grande espetáculo. Temos de fazer ele falar o contrário sobre nossa atuação", disse o volante Richarlyson.
As críticas de Juvenal também foram absorvidas por Ricardo Gomes, que deve mudar a escalação para tornar o time mais agressivo hoje.
"Jogar bem é fazer muitos gols, a meu modo de ver. Por isso, as críticas são válidas. Não estamos conseguindo realmente traduzir nossa superioridade em gols", afirmou o técnico, após o treino de anteontem.
Neste ano, o São Paulo marcou 32 gols em 17 jogos -média de 1,88 tento por partida. Mas dez gols -ou 31,2% do total- foram anotados por um só jogador, o atacante Washington.
Hoje, no Morumbi, reservas como Fernandinho, Jorge Wagner, Léo Lima e Rodrigo Souto têm chances de serem titulares, apesar de o técnico não ter divulgado a escalação.
Anteontem, Ricardo Gomes previu público pequeno no estádio. Mas, até o final da tarde de ontem, 18.707 ingressos já haviam sido vendidos para a partida, mais do que a média de público do São Paulo no ano -11.781 pagantes por jogo.
Após pegar o Nacional, o São Paulo tem mais dois jogos na fase de grupos da Libertadores. Enfrenta o Monterrey, no México, em 31 de março. E, na última rodada, pega em casa o Once Caldas-COL, em 21 de abril.


NA TV - São Paulo x Nacional-PAR Sportv e Bandsports, às 21h30



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