São Paulo, quinta-feira, 18 de março de 2010 |
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São Paulo joga pelo presidente
Time tenta hoje, contra o Nacional-PAR, pela Libertadores, superar as críticas de Juvenal Juvêncio
DA REPORTAGEM LOCAL Um adversário frágil, uma sequência de cinco partidas sem derrota, um elenco sem desfalques e uma semana completa sem viagens, com três partidas consecutivas no Morumbi. Todas estas condições convergiram, nesta semana, a favor do São Paulo, que hoje enfrenta o paraguaio Nacional, às 21h30, pela Taça Libertadores. Mas, mesmo com a conjuntura propícia, o time tricolor não vive dias tranquilos. Desta vez, o foco de tensão está dentro do clube. Mais precisamente, na sala da presidência. Apesar de a equipe estar há cinco jogos sem perder, com quatro vitórias e um empate, Juvenal Juvêncio se tornou um dos mais frequentes críticos do futebol apresentado pelo time. A opinião corrente do mandatário é que o São Paulo tem um elenco forte após a contratação de 11 reforços para a temporada. O problema, diz Juvenal, é que as peças até agora não se encaixaram em campo. Contratados com status de estrelas do elenco, Marcelinho Paraíba -que nem sequer foi relacionado para a partida de hoje-, Cléber Santana e Cicinho ainda não empolgaram. Outros reforços, como Carlinhos Paraíba e André Luis, pouco atuam entre os titulares. Na semana passada, o dirigente reclamou publicamente da atuação do time contra o mesmo Nacional-PAR, após a vitória por 2 a 0 em Assunção. Outros cartolas do clube, como o superintendente de futebol, Marco Aurélio Cunha, e o vice-presidente de futebol, Carlos Augusto de Barros e Silva, também reiteraram as reclamações do mandatário. Por isso, além de manter o time em posição confortável no Grupo 2 da Libertadores, o São Paulo pretende vencer seu rival paraguaio para agradar -ou calar- o presidente do clube. "Diferentemente de alguns presidentes, ele [Juvenal Juvêncio] conhece futebol. Nós sabemos que estamos devendo um grande espetáculo. Temos de fazer ele falar o contrário sobre nossa atuação", disse o volante Richarlyson. As críticas de Juvenal também foram absorvidas por Ricardo Gomes, que deve mudar a escalação para tornar o time mais agressivo hoje. "Jogar bem é fazer muitos gols, a meu modo de ver. Por isso, as críticas são válidas. Não estamos conseguindo realmente traduzir nossa superioridade em gols", afirmou o técnico, após o treino de anteontem. Neste ano, o São Paulo marcou 32 gols em 17 jogos -média de 1,88 tento por partida. Mas dez gols -ou 31,2% do total- foram anotados por um só jogador, o atacante Washington. Hoje, no Morumbi, reservas como Fernandinho, Jorge Wagner, Léo Lima e Rodrigo Souto têm chances de serem titulares, apesar de o técnico não ter divulgado a escalação. Anteontem, Ricardo Gomes previu público pequeno no estádio. Mas, até o final da tarde de ontem, 18.707 ingressos já haviam sido vendidos para a partida, mais do que a média de público do São Paulo no ano -11.781 pagantes por jogo. Após pegar o Nacional, o São Paulo tem mais dois jogos na fase de grupos da Libertadores. Enfrenta o Monterrey, no México, em 31 de março. E, na última rodada, pega em casa o Once Caldas-COL, em 21 de abril. NA TV - São Paulo x Nacional-PAR Sportv e Bandsports, às 21h30 Texto Anterior: Juca Kfouri: O soneto é pior que a emenda Próximo Texto: Oscar diz ter proposta do exterior Índice |
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