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BOXE
Façam as suas apostas
EDUARDO OHATA
DA REPORTAGEM LOCAL
Após dias de suspense, Roy
Jones Jr. finalmente anunciou nesta semana com qual cinturão vai permanecer, já que as
regras do pugilismo não permitem que um mesmo atleta mantenha simultaneamente títulos em
categorias diferentes de peso.
Assim, o ex-campeão unificado
dos meio-pesados (limite de 79,3
kg) decidiu abdicar dos títulos do
Conselho Mundial de Boxe e da
Associação Mundial de Boxe e
manter o cinturão dos pesados
(sem limite de peso) da AMB, que
ganhou ao superar John ""Quiet
Man" Ruiz, no mês passado.
Não se sabe ainda qual será o
próximo passo de Jones Jr., pois os
planos do lutador contrastam
com os desejos das entidades.
A AMB ordenou que pegue agora o ucraniano Vitali Klitshko,
que é o primeiro do ranking, mas
a equipe do pugilista já negocia
um (lucrativo) confronto com
Evander "Real Deal" Holyfield.
Segundo relato de Jim Thomas,
advogado de Holyfield, "Roy está
interessado nessa luta e Evander
está interessado em disputar um
dos três principais títulos [CMB,
AMB e Federação Internacional
de Boxe". Murad [Muhammad,
empresário de Jones Jr." e eu tivemos um encontro muito agradável para discutir o tema e chegamos à conclusão de que vale a pena nos esforçar para realizá-lo."
As bolsas de apostas já trabalham com todas as hipóteses possíveis e colocam vários adversários frente a frente com Jones Jr.
Jones Jr. seria o azarão na proporção de 8 por 5 contra Vitali, segundo o especialista em apostas
Art Manteris, do Station Casinos.
Já contra o veterano Holyfield,
Jones Jr. seria o favorito com um
pouco mais de folga: 3,5 por 1.
O adversário que teria a maior
vantagem sobre Jones Jr., e com
toda a razão, seria o dono do título do CMB e campeão linear [bateu Shannon Briggs, que bateu
George Foreman, e assim uma linha poderia ser traçada até o primeiro campeão", Lennox Lewis.
Seu favoritismo seria de 5 por 1 (o
mesmo Lewis conta com vantagem de 5 por 1 para vencer Vitali).
Mas Jones Jr. seria o favorito dos
apostadores em confrontos com
diversos outros pesos-pesados, incluindo, para a surpresa de muitos, "Iron" Mike Tyson, que seria
o azarão em 7 por 5. Contra Chris
Byrd, campeão pela FIB, Jones Jr.
teria a vantagem em 8 por 5.
E em um combate com o novo
campeão da OMB, o sul-africano
Corrie Sanders, em 3,5 por 1.
A exemplo de Jones Jr., Sanders
também passou a aparecer nas
análises dos especialistas em
apostas. Além de um eventual
combate com Jones Jr., as casas de
apostas trabalham com outros cenários e fazem de Sanders o azarão em 2,5 por 1 contra Wladimir
Klitschko (de quem tomou o título da OMB), irmão de Vitali; e em
3 por 1, contra o americano Byrd.
Se depender da OMB, no entanto, a primeira defesa de Sanders
será contra o segundo do ranking,
Lamon Brewster, desafiante mais
bem colocado e disponível. (Apesar de o próprio assessor de imprensa da OMB, Mario Rivera
Martino, admitir que essa "não
seria a melhor luta do mundo".)
Agora basta só esperar para
descobrir em quais combates vai
ser possível fazer uma fezinha.
Fora do ringue 1
O Pride, a mais prestigiosa competição de vale-tudo ao lado do Ultimate Fighting Championship, fará sua primeira edição no território
do rival, os EUA, em janeiro de 2004, em Las Vegas, confirmou o vice
de negócios, marketing e talento da companhia, Yukino Kanda.
Fora do ringue 2
Os comentaristas que trabalharam na transmissão da luta entre Marco Antonio Barrera e Kevin Kelley, na última semana, foram surpreendidos por um fato curioso. Antes da luta, a HBO exibiu trechos
do penúltimo combate de Barrera, contra Johnny Tapia. Ambos traziam inscrito em seus calções "Tapia". "Mas qual o motivo de Barrera para fazê-lo?", questionaram eles, insistentemente. Tratou-se de
uma homenagem à sua mãe, cujo sobrenome também é Tapia.
E-mail eohata@folhasp.com.br
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