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São Paulo, sexta-feira, 18 de abril de 2003

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BOXE

Façam as suas apostas

EDUARDO OHATA
DA REPORTAGEM LOCAL

Após dias de suspense, Roy Jones Jr. finalmente anunciou nesta semana com qual cinturão vai permanecer, já que as regras do pugilismo não permitem que um mesmo atleta mantenha simultaneamente títulos em categorias diferentes de peso.
Assim, o ex-campeão unificado dos meio-pesados (limite de 79,3 kg) decidiu abdicar dos títulos do Conselho Mundial de Boxe e da Associação Mundial de Boxe e manter o cinturão dos pesados (sem limite de peso) da AMB, que ganhou ao superar John ""Quiet Man" Ruiz, no mês passado.
Não se sabe ainda qual será o próximo passo de Jones Jr., pois os planos do lutador contrastam com os desejos das entidades.
A AMB ordenou que pegue agora o ucraniano Vitali Klitshko, que é o primeiro do ranking, mas a equipe do pugilista já negocia um (lucrativo) confronto com Evander "Real Deal" Holyfield.
Segundo relato de Jim Thomas, advogado de Holyfield, "Roy está interessado nessa luta e Evander está interessado em disputar um dos três principais títulos [CMB, AMB e Federação Internacional de Boxe". Murad [Muhammad, empresário de Jones Jr." e eu tivemos um encontro muito agradável para discutir o tema e chegamos à conclusão de que vale a pena nos esforçar para realizá-lo."
As bolsas de apostas já trabalham com todas as hipóteses possíveis e colocam vários adversários frente a frente com Jones Jr.
Jones Jr. seria o azarão na proporção de 8 por 5 contra Vitali, segundo o especialista em apostas Art Manteris, do Station Casinos.
Já contra o veterano Holyfield, Jones Jr. seria o favorito com um pouco mais de folga: 3,5 por 1.
O adversário que teria a maior vantagem sobre Jones Jr., e com toda a razão, seria o dono do título do CMB e campeão linear [bateu Shannon Briggs, que bateu George Foreman, e assim uma linha poderia ser traçada até o primeiro campeão", Lennox Lewis. Seu favoritismo seria de 5 por 1 (o mesmo Lewis conta com vantagem de 5 por 1 para vencer Vitali).
Mas Jones Jr. seria o favorito dos apostadores em confrontos com diversos outros pesos-pesados, incluindo, para a surpresa de muitos, "Iron" Mike Tyson, que seria o azarão em 7 por 5. Contra Chris Byrd, campeão pela FIB, Jones Jr. teria a vantagem em 8 por 5.
E em um combate com o novo campeão da OMB, o sul-africano Corrie Sanders, em 3,5 por 1.
A exemplo de Jones Jr., Sanders também passou a aparecer nas análises dos especialistas em apostas. Além de um eventual combate com Jones Jr., as casas de apostas trabalham com outros cenários e fazem de Sanders o azarão em 2,5 por 1 contra Wladimir Klitschko (de quem tomou o título da OMB), irmão de Vitali; e em 3 por 1, contra o americano Byrd.
Se depender da OMB, no entanto, a primeira defesa de Sanders será contra o segundo do ranking, Lamon Brewster, desafiante mais bem colocado e disponível. (Apesar de o próprio assessor de imprensa da OMB, Mario Rivera Martino, admitir que essa "não seria a melhor luta do mundo".)
Agora basta só esperar para descobrir em quais combates vai ser possível fazer uma fezinha.

Fora do ringue 1
O Pride, a mais prestigiosa competição de vale-tudo ao lado do Ultimate Fighting Championship, fará sua primeira edição no território do rival, os EUA, em janeiro de 2004, em Las Vegas, confirmou o vice de negócios, marketing e talento da companhia, Yukino Kanda.

Fora do ringue 2
Os comentaristas que trabalharam na transmissão da luta entre Marco Antonio Barrera e Kevin Kelley, na última semana, foram surpreendidos por um fato curioso. Antes da luta, a HBO exibiu trechos do penúltimo combate de Barrera, contra Johnny Tapia. Ambos traziam inscrito em seus calções "Tapia". "Mas qual o motivo de Barrera para fazê-lo?", questionaram eles, insistentemente. Tratou-se de uma homenagem à sua mãe, cujo sobrenome também é Tapia.

E-mail eohata@folhasp.com.br


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