São Paulo, terça-feira, 18 de maio de 2004

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Suborno e truques são corriqueiros nos exames

DA REPORTAGEM LOCAL

Para não ser pego no exame rola tudo. O ex-arremessador de disco Werner Reiterer, autor do livro "Positivo -Um atleta olímpico australiano revela os bastidores da história das drogas e do esporte", cita casos de médicos que colocaram a própria urina para testes a fim de encobertar atletas que poderiam ser flagrados.
Disse ainda que não é raro o atleta tentar subornar o escolta ou o validador, que acompanha a coleta de sangue ou de urina. "Chegam a oferecer o uniforme, pins, até dinheiro", relatou Reiterer.
Eduardo de Rose conta que outra situação possível é o atleta competir com um balão de urina no ânus e um caninho plástico no meio das pernas, preso por um esparadrapo cor da pele, terminando debaixo do pênis. Na hora da coleta, o competidor usa a urina do caninho de plástico, que não contém elementos dopantes.
Segundo os voluntários, há competidores que tentam intimidá-los ou encabulá-los, perguntando se fazem questão de ficar mirando seus órgãos genitais. Se o voluntário se descuidar, o atleta pode passar outra urina para os vasos coletores. (JCA)


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