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Prancehta do PVC
PAULO VINICIUS COELHO - pvc@uol.com.br
E agora, Muricy?
DESDE 1990 o São Paulo não perde as duas
primeiras partidas do
Brasileirão. Ontem, escapou
do vexame com o gol de André
Lima, mas jogou mal de novo.
Futebol insosso, sonolento,
que só produzia emoções nas
bolas levantadas para a grande área. Mas não pergunte a
Muricy Ramalho se o jogo
são-paulino e seus inúmeros
cruzamentos para a grande
área estão manjados, se é por
isso que as vitórias rarearam:
"Isso é falta de assunto. O time joga do mesmo jeito de
sempre. Há três anos é a mesma coisa. O time recebe críticas e tem o ataque mais positivo, a defesa menos vazada."
Muricy aponta para a sequência de lesões e para o
tempo parado para explicar
por que o time não rende.
Mais do que isso, pelos dezoito dias sem jogo. "Ter uma semana para preparar uma
equipe é bom. Mas ficar tanto
tempo sem jogar, não é", jura.
Sua garantia é que o time
vai chegar forte contra o Cruzeiro, daqui a nove dias. O início da preparação passa pelo
convencimento dos jogadores. Até Rogério Ceni chegou
ao Morumbi ontem repetindo
o discurso: "Vamos montar o
time para as quartas de final
da Libertadores. Não podemos esquecer que estamos a
seis jogos de ir ao Mundial."
Por enquanto, no time só
sobrou a confiança de quem
venceu tudo recentemente.
Confiar não é o suficiente.
Em teoria, a escalação de
ontem, apesar dos desfalques,
recuperava o desenho tático
de 2008 e representava a melhor formação para enfrentar
o Cruzeiro. Richarlyson e Zé
Luís já jogaram bem como zagueiros, Eduardo Costa é o volante com características
mais parecidas com Jean. E
Hernanes poderia jogar na
sua. "Com a bola, é armador.
Sem ela, volante", diz o técnico, encerrando a discussão sobre sua real posição.
Muricy acha que sua queda
de rendimento não tem nada
a ver com posicionamento. E
não tem mesmo. Hernanes joga exatamente na mesma função em que foi eleito o melhor
do Brasileirão.
"Ele caiu porque tem muita
coisa que cerca o jogador", diz
Muricy. E o São Paulo, caiu
por quê? Muricy segue seu
discurso. Diz que não caiu.
"O time vai ser muito forte
contra o Cruzeiro", garante.
Pelo início do Brasileiro, o
Cruzeiro é o favorito no duelo
da Libertadores.
QUEM É O CARA?
A ideia palmeirense era
revezar Maurício Ramos e
Marquinhos do lado direito. Marquinhos jogou
bem, como ala, contra a
LDU. Maurício Ramos é
zagueiro de formação. No
gol do Inter, Taison caiu
atrás de Marquinhos, longe de Maurício. O revezamento os confundiu.
O FINALIZADOR
Nenhum time brasileiro
joga com mais gente no
campo de ataque do que o
Flamengo. Leonardo Moura, Juan, Ibson, Everton...
A qualidade tem sido não
sofrer gol. Os dois 0 x 0
contra Inter e Avaí reforçam a espera por Adriano.
Mas o Fla marca 1,8 gol
por partida em 2009.
AUTUORI VEM AÍ
O Grêmio perdeu apenas uma das sete partidas que disputou sob o comando do técnico interino Marcelo Rospide. Paulo Autuori chega para tentar o tricampeonato da
Taça Libertadores numa situação inusitada. Nas duas
campanhas vitoriosas, Autuori também assumiu a equipe
campeã com o torneio sul-americano já iniciado. Em 1997,
substituiu Oscar Bernardi, no Cruzeiro. Em 2005, entrou
no lugar de Émerson Leão, no São Paulo.
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