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DATAFOLHA NA COPA
Uma outra Argentina
FABIO TURA
DO DATAFOLHA
Depois de ser eliminada na
primeira fase no Mundial da
Ásia e amargar seu pior desempenho em uma Copa do
Mundo, a Argentina resolveu
mudar de esquema tático.
Abandonou o 3-4-3 adotado
pelo técnico Marcelo "El Loco" Bielsa e passou a jogar no
4-4-2 de José Pekerman.
Mesmo com o fracasso em
2002, a Argentina terminou a
competição como líder em
cruzamentos: 44,7 por jogo.
De nada adiantou. A equipe
fez só dois gols em três partidas -um deles quando já estava virtualmente eliminada.
Na atual Copa, passou a ser
a equipe que menos tenta a
jogada pelos lados e é uma das
que mais privilegiam a troca
de passes. Na vitória contra
Sérvia e Montenegro, a equipe de Saviola, Riquelme e
Crespo marcou quatro de
seus gols após (muita) troca
de passes entre seus astros.
O estilo "curto e rasteiro"
faz com que a Argentina priorize o jogo coletivo. É apenas
a 13ª no ranking de dribles,
enquanto em 2002 fechou o
Mundial na quarta posição no
ranking. Na atual Copa, faz
questão de valorizar a posse
de bola: tem a segunda maior
média de troca de passes.
Apenas um de seus oito gols
na Copa surgiu em jogada individual -o de Tevez, o quinto contra os sérvios. Prova de
seu desprezo pelo jogo aéreo,
a Argentina até agora não fez
nenhum gol de cabeça, ao
contrário dos tempos em que
alçava bolas para Batistuta.
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