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Ronaldo supera gripe, brilha na hora agá e decide
Atacante passa jogo apagado, mas dá ao Corinthians folga
confortável para segundo jogo da final da Copa do Brasil
Corinthians 2
Internacional 0
CAROLINA ARAÚJO
PAULO GALDIERI
DA REPORTAGEM LOCAL
Ronaldo estava sumido. Contundido, gripado. Apagado.
Mas, na hora agá, no momento
da decisão, ele reapareceu.
O camisa 9 marcou aquele
que pode ter sido o gol que valerá o título da Copa do Brasil ao
Corinthians, maior sonho do
clube alvinegro na temporada.
Com um único lance, ele conseguiu ser fundamental mesmo
sem ter sido destaque no jogo.
Sem fazer uma partida genial,
sem apresentar lances extraordinários, sem ser participativo
durante todo o confronto, foi,
simplesmente, decisivo.
Seu gol no duelo de ida do
torneio nacional construiu
uma vantagem considerável
para que o time alcance o título
que deixou escapar, contra o
Sport, em 2008. Mas que desta
vez pode ser mais saboroso, por
garantir presença na Libertadores -outra obsessão corintiana- em 2010, ano do centenário da fundação do clube.
Agora, para ficar com o troféu da Copa do Brasil, o Corinthians pode até perder em Porto Alegre, no dia 1º de julho, por
um gol de diferença. Um 2 a 0 a
favor dos gaúchos leva a disputa para a decisão por pênaltis.
A situação corintiana é tão
confortável que até uma derrota por dois gols de diferença,
contanto que a equipe de Mano
Menezes faça gol, também assegura o tricampeonato da
competição ao clube alvinegro.
De quebra, o triunfo ainda
ajudou a consolidar uma característica que o Corinthians tem
exibido sob o comando de Mano Menezes, a de pulverizar tabus e marcas históricas.
Desta vez, era uma invencibilidade do Inter em jogos contra
o Corinthians. Esta foi a primeira vitória do time do Parque São Jorge nove confrontos
com o clube gaúcho -desde
2003 os corintianos não conseguiam superar o oponente.
"Foi muito bom, poderia até
ter sido melhor. Agora, é uma
vantagem que a gente tem que
saber aproveitar", declarou Ronaldo, 32, ainda gripado e aparentando estar mais cansado
do que o habitual, ao término
da partida no Pacaembu.
O gol de ontem, que fechou o
placar -o primeiro foi de Jorge
Henrique, no primeiro tempo,
após boa trama com Marcelo
Oliveira-, ainda teve sabor especial para o maior artilheiro
de Copas do Mundo (15 gols).
Interrompeu uma sequência
de cinco partidas do Fenômeno
sem ir às redes, seu maior jejum com a camisa corintiana.
A participação decisiva de
Ronaldo, que viu ainda o goleiro Lauro evitar um gol seu na
primeira etapa, arrancou, de
novo, elogios dos companheiros. "Vale a pena correr dobrado. A gente sabe que lá na frente vai estar o Fenômeno", declarou o volante Cristian.
Até o goleiro Felipe, que parou o ataque do Inter e dividiu o
protagonismo da decisão com o
camisa 9, deixou os holofotes
do jogo de ontem para o colega.
"Ele fez mais um e mostrou que
é o Fenômeno realmente."
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