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Barão de 2014
Em hotel de luxo na África, Ricardo Teixeira esquece a seleção brasileira, direciona todas as atenções para a Copa do Mundo de 2014 e, após deixar de fora o Morumbi, já trabalha rumo de outras cidades-sedes do país
EDUARDO ARRUDA
MARTÍN FERNANDEZ
PAULO COBOS
SÉRGIO RANGEL
ENVIADOS ESPECIAIS A JOHANNESBURGO
Ele só pensa na Copa, mas
na que acontecerá daqui a
quatro anos. Ricardo Teixeira, que anunciou anteontem
a exclusão do Morumbi do
Mundial, só fala, respira e
discute o torneio que será
realizado no Brasil em 2014.
O presidente da CBF e do
Comitê Organizador Local,
que montou sua base num
luxuoso hotel de Johannesburgo, ainda não deu as caras na concentração da seleção, a poucos quilômetros de
onde está hospedado.
Teixeira, que havia prometido ficar mais próximo do time de Dunga, por enquanto
está distante. E ainda tem tirado da concentração o diretor de comunicação da entidade, Rodrigo Paiva, para resolver questões de 2014.
Nesta semana, ele não foi,
por exemplo, ao último treino da seleção antes da estreia
contra a Coreia do Norte.
Estava em reunião sobre a
estratégia de comunicação
do Mundial-2014. Enquanto
isso, Dunga manda e desmanda. Fechou treinamentos e até desrespeitou a Fifa
ao não permitir a gravação de
imagens que mostram patrocinadores, o que fez a CBF levar um pito da entidade.
Amigos de Teixeira defendiam que ele interferisse na
seleção brasileira e puxasse o
freio de Dunga. O cartola, entretanto, não quis se colocar
na confusão, temendo criar
mal-estar na delegação e acabar como vilão em caso de
fracasso do time nacional.
Na terça-feira, Teixeira fugiu de sua habitual discrição
e foi com a mulher e a filha à
inauguração da Casa Brasil,
espaço criado pelo governo
federal para divulgar o país
da Copa-14. Lá, Teixeira ficou
por cerca de uma hora,
acompanhado pelos ministros Orlando Silva Jr. (Esporte) e Luis Barreto (Turismo).
Anteontem, a agenda de
Teixeira também foi voltada
para o Mundial no Brasil. Ao
lado do presidente corintiano e chefe da delegação brasileira na África do Sul, Andres Sanchez, o dirigente deu
entrevistas para avisar que o
estádio do Morumbi estava
fora da Copa de 2014.
Nos próximos dias, Teixeira deve definir o destino de
outras cidades-sedes, como
Curitiba, na competição brasileira. O presidente da CBF
também jantou com o ministro do Esporte para tratar da
questão do segundo Mundial
a ser realizado no Brasil.
Ele ainda fez reuniões sobre o lançamento, na Casa
Brasil, da logomarca da Copa-14, que ocorrerá no dia 8
de julho e terá as presenças
de Pelé e do presidente Lula.
Mesmo que a seleção brasileira volte mais cedo para
casa, Teixeira continuará na
África até o final da Copa do
Mundo, em 11 de julho.
Em Johannesburgo, o presidente da CBF está em outra.
Quatro anos à frente do time
de Dunga, que, com o comando absoluto do treinador
gaúcho, tenta o hexacampeonato mundial em 2010.
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