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AUTOMOBILISMO
Preocupado com a lavada nos 2 últimos GPs, time italiano muda projeto do F2003-GA para Silverstone
Ferrari radicaliza para reagir no Mundial
FÁBIO SEIXAS
ENVIADO ESPECIAL A SILVERSTONE
A Ferrari resolveu radicalizar.
Depois de levar lavadas nas duas
últimas etapas do Mundial, a
equipe italiana levou para Silverstone um carro totalmente revisado, numa tentativa quase que desesperada de retomar o terreno
perdido para a inglesa Williams.
O F2003-GA que participará hoje dos primeiros treinos livres para o GP da Inglaterra carrega pelo
menos sete novidades em relação
ao carro que correu na França, há
duas semanas. Tanto que a imprensa da Itália já o está chamando de F2003-versão B.
A mudança mais profunda copia descaradamente uma solução
apresentada pela Williams, o aerofólio dianteiro mais pesado, para reduzir as saídas de frente.
No time inglês, a peça, feita de
aço, foi uma invenção de Frank
Dernie, engenheiro inglês que
passou os últimos anos no limbo e
que assumiu o cargo de consultor
a partir da corrida da Áustria.
Não por coincidência, a Wil-liams começou a crescer. Se repetir o desempenho dos últimos
GPs, supera a Ferrari no Mundial.
Os italianos foram atrás dos
motivos para o sucesso adversário. E, na semana passada, em
Barcelona, Rubens Barrichello
testou e aprovou o aerofólio.
"Conseguimos uma boa vantagem nos testes na Espanha. O carro ainda andou em Mugello e Fiorano e também mostrou evolução. Então, estamos confiantes."
A Ferrari ainda alterou o aerofólio traseiro e o extrator (apêndice
aerodinâmico, abaixo da asa), que
em Silverstone terão novos desenhos, baseados em estudos no túnel de vento de Maranello.
Na área mecânica, o time terá
um motor mais potente -os números são mantidos em sigilo- e
uma nova suspensão dianteira,
para otimizar o uso dos pneus.
Alvo de críticas de Michael
Schumacher, os pneus também
passaram por mudanças. A Bridgestone produziu compostos especiais para a Inglaterra, com nova estrutura, novo desenho e uma
mistura de borracha diferente.
Por fim, a eletrônica. Os técnicos da escuderia desenvolveram
um novo software para a centralina do F2003-GA. A meta é melhorar a gestão do motor e o trabalho
do controle de largada.
Em Magny-Cours, o problema
ficou evidente. Terceiro no grid,
Schumacher demorou a largar,
foi superado com facilidade por
Kimi Raikkonen e quase perdeu a
posição para David Coulthard.
"Já disse isso muitas vezes: o sucesso na F-1 depende de todo o
pacote técnico de um carro. A
Williams evoluiu em todos os
sentidos. Precisamos fazer o mesmo", declarou o pentacampeão.
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