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São Paulo, sexta-feira, 18 de julho de 2003

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AUTOMOBILISMO

Preocupado com a lavada nos 2 últimos GPs, time italiano muda projeto do F2003-GA para Silverstone

Ferrari radicaliza para reagir no Mundial

FÁBIO SEIXAS
ENVIADO ESPECIAL A SILVERSTONE

A Ferrari resolveu radicalizar. Depois de levar lavadas nas duas últimas etapas do Mundial, a equipe italiana levou para Silverstone um carro totalmente revisado, numa tentativa quase que desesperada de retomar o terreno perdido para a inglesa Williams.
O F2003-GA que participará hoje dos primeiros treinos livres para o GP da Inglaterra carrega pelo menos sete novidades em relação ao carro que correu na França, há duas semanas. Tanto que a imprensa da Itália já o está chamando de F2003-versão B.
A mudança mais profunda copia descaradamente uma solução apresentada pela Williams, o aerofólio dianteiro mais pesado, para reduzir as saídas de frente.
No time inglês, a peça, feita de aço, foi uma invenção de Frank Dernie, engenheiro inglês que passou os últimos anos no limbo e que assumiu o cargo de consultor a partir da corrida da Áustria.
Não por coincidência, a Wil-liams começou a crescer. Se repetir o desempenho dos últimos GPs, supera a Ferrari no Mundial.
Os italianos foram atrás dos motivos para o sucesso adversário. E, na semana passada, em Barcelona, Rubens Barrichello testou e aprovou o aerofólio.
"Conseguimos uma boa vantagem nos testes na Espanha. O carro ainda andou em Mugello e Fiorano e também mostrou evolução. Então, estamos confiantes."
A Ferrari ainda alterou o aerofólio traseiro e o extrator (apêndice aerodinâmico, abaixo da asa), que em Silverstone terão novos desenhos, baseados em estudos no túnel de vento de Maranello.
Na área mecânica, o time terá um motor mais potente -os números são mantidos em sigilo- e uma nova suspensão dianteira, para otimizar o uso dos pneus.
Alvo de críticas de Michael Schumacher, os pneus também passaram por mudanças. A Bridgestone produziu compostos especiais para a Inglaterra, com nova estrutura, novo desenho e uma mistura de borracha diferente.
Por fim, a eletrônica. Os técnicos da escuderia desenvolveram um novo software para a centralina do F2003-GA. A meta é melhorar a gestão do motor e o trabalho do controle de largada.
Em Magny-Cours, o problema ficou evidente. Terceiro no grid, Schumacher demorou a largar, foi superado com facilidade por Kimi Raikkonen e quase perdeu a posição para David Coulthard.
"Já disse isso muitas vezes: o sucesso na F-1 depende de todo o pacote técnico de um carro. A Williams evoluiu em todos os sentidos. Precisamos fazer o mesmo", declarou o pentacampeão.


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