|
Próximo Texto | Índice
Chave de ouro
Nos aparelhos, Diego faz sua parte, Jade se redime, Mosiah surpreende, e Brasil vai 4 vezes ao topo do pódio no dia final da ginástica artística
Jorge Araújo/Folha Imagem
|
|
Diego Hypólito, duas vezes campeão ontem no Rio, salta na prova de solo
LUÍS FERRARI
RODRIGO MATTOS
ENVIADOS ESPECIAIS AO RIO
A ginástica artística deu um
salto de qualidade e quantidade
graças às performances individuais no último dia, com quatro
ouros nas provas por aparelhos.
Em Santo Domingo, há quatro anos, a modalidade saiu do
Pan com dez medalhas, nenhum ouro. No Rio, terminou
com 11 medalhas e quatro títulos, dando fim a um jejum de 16
anos sem ouros na competição.
Foi preciso esperar até o
quarto e último dia de disputas
para a execução do Hino Nacional. Até ontem, os brasileiros
haviam batido na trave: Jade
Barbosa caíra das paralelas assimétricas enquanto liderava o
individual geral, e o time masculino amargara a prata por só
0,3 ponto atrás de Porto Rico.
A maior contribuição para a
subida do país no quadro de
medalhas veio dos rapazes.
"Houve até medalhas na barra, não esperávamos. Excelente", vibrou o treinador Renato
Araújo. Além de Mosiah Rodrigues, ouro na barra fixa, Danilo
Nogueira foi bronze na prova.
O título esperado, no solo,
veio. Diego Hypólito -vencedor também no salto- garimpou o primeiro ouro para os homens da ginástica em Pans.
No feminino, a medalha no
aparelho não foi de Daiane dos
Santos, cortada com lesão no pé
esquerdo. "A Jade a substituiu
muito bem", falou Eliane Martins, supervisora da confederação, sobre o bronze no solo obtido pela campeã do salto.
A dirigente celebrou o desempenho da equipe, que considerou além da expectativa.
"No geral, calculávamos oito,
nove medalhas, com um teto de
três ouros. Foi além do sonho."
Antes do Pan, porém, Vicélia
Florenzano, presidente da entidade, cogitara quatro títulos.
Os EUA, com uma seleção
com algumas juniores, ficaram
com 5 dos 6 ouros. No masculino, porém, os norte-americanos não conseguiram o mesmo
desempenho, encerrando o
Pan com apenas um título.
O desafio da equipe agora é o
Mundial, que vale como qualificatório para a Olimpíada de Pequim e terá uma concorrência
muito mais forte -em Atenas-04, só 3 dos 14 ouros ficaram
com países das Américas.
Daniele Hypólito, bronze na
trave, falou que amanhã a seleção feminina já tem viagem
marcada para Curitiba, onde
retoma a preparação no centro
de treinamento da CBG. Diego
contou que pretende acompanhar outros eventos do Pan até
domingo e que, na segunda-feira, estará com o restante do time masculino, no Paraná.
"O Mundial é classificatório
para Pequim. Vamos ver o que
acontece, se conseguimos classificar as duas equipes", comentou Eliane Martins.
Ela insistiu no fato de as medalhas terem sido conquistadas
por seis atletas diferentes (Diego, Mosiah, Danilo, Daniele, Jade e Laís Souza -dois bronzes)
como exemplo do desenvolvimento da ginástica no Brasil.
Próximo Texto: [+]Excelência: Novo CT abre nova perspectiva Índice
|