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Polícia condena clássico no Parque
PM alerta para o risco de conflitos ao redor do estádio
TONI ASSIS
DA REPORTAGEM LOCAL
A confirmação do clássico de
amanhã entre Palmeiras e Santos para o Parque Antarctica
desagradou ao comando da
PM, que avalia a partida como
de alto risco, por considerar a
localização do estádio palmeirense inadequada para um jogo
de grande porte.
O sinal de alerta da PM foi
dado após a briga generalizada
envolvendo torcedores de Corinthians e São Paulo, nas proximidades do Parque São Jorge, no último sábado. O clássico, válido pelo Brasileiro, foi
disputado no Morumbi.
Um torcedor, que está internado em estado grave, com
traumatismo craniano, foi o
saldo do violento confronto.
Segundo o major Armando
Tadeu Camargo, do 2º Batalhão
de Choque da Polícia Militar, o
problema será fora do estádio.
"Lá não tem área de escoamento. O local também não
comporta duas grandes torcidas, já que as ruas são estreitas.
E tem os ambulantes e também
a sede de torcida organizada."
Outra preocupação da PM
diz respeito à separação das
torcidas de Palmeiras e Santos
antes de o jogo começar.
"O Parque Antarctica é muito bom para jogos de uma torcida só porque aquele bairro
[Perdizes] prosperou muito e
tem vias bastante movimentadas", afirmou o major Tadeu,
que considera a região do estádio palmeirense mais complicada para os clássicos do que a
Vila Belmiro, estádio santista.
"Em Santos também não é o
ideal, mas existe uma diferença. Lá nós podemos fazer um
cordão de isolamento e só entra
quem tem ingresso. Como vou
fazer isso na região da Turiassu,
da Matarazzo e no shopping
West Plaza?", comentou.
A polícia chegou a indicar o
Morumbi para abrigar o clássico, mas o pedido acabou não
sendo atendido.
Já a posição do Palmeiras sobre a realização da partida é de
que a PM tem de responder pela segurança dos torcedores.
"Nas imediações do estádio, a
responsabilidade por qualquer
problema tem de ser da polícia.
Que aumente o número de policiais", afirmou o gerente de
futebol Toninho Cecílio.
Ele até lembrou a briga de corintianos e são-paulinos, que
aconteceu longe do Morumbi
-local do jogo-, para mostrar
até onde vai a responsabilidade
da polícia sobre segurança.
"Aquele conflito lamentável
aconteceu no Tatuapé. Aí realmente não tem como responsabilizar ninguém. Mas nas proximidades do estádio tem que
ser responsabilidade deles [policiais]", falou o dirigente.
Sobre o esquema de trabalho
para o clássico, o número de
efetivos não foi anunciado por
questão de estratégia.
"Não divulgaremos com
quantos homens vamos trabalhar justamente por questão de
segurança", disse o major.
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