São Paulo, quarta-feira, 18 de julho de 2007

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Polícia condena clássico no Parque

PM alerta para o risco de conflitos ao redor do estádio

TONI ASSIS
DA REPORTAGEM LOCAL

A confirmação do clássico de amanhã entre Palmeiras e Santos para o Parque Antarctica desagradou ao comando da PM, que avalia a partida como de alto risco, por considerar a localização do estádio palmeirense inadequada para um jogo de grande porte.
O sinal de alerta da PM foi dado após a briga generalizada envolvendo torcedores de Corinthians e São Paulo, nas proximidades do Parque São Jorge, no último sábado. O clássico, válido pelo Brasileiro, foi disputado no Morumbi.
Um torcedor, que está internado em estado grave, com traumatismo craniano, foi o saldo do violento confronto.
Segundo o major Armando Tadeu Camargo, do 2º Batalhão de Choque da Polícia Militar, o problema será fora do estádio.
"Lá não tem área de escoamento. O local também não comporta duas grandes torcidas, já que as ruas são estreitas. E tem os ambulantes e também a sede de torcida organizada."
Outra preocupação da PM diz respeito à separação das torcidas de Palmeiras e Santos antes de o jogo começar.
"O Parque Antarctica é muito bom para jogos de uma torcida só porque aquele bairro [Perdizes] prosperou muito e tem vias bastante movimentadas", afirmou o major Tadeu, que considera a região do estádio palmeirense mais complicada para os clássicos do que a Vila Belmiro, estádio santista.
"Em Santos também não é o ideal, mas existe uma diferença. Lá nós podemos fazer um cordão de isolamento e só entra quem tem ingresso. Como vou fazer isso na região da Turiassu, da Matarazzo e no shopping West Plaza?", comentou.
A polícia chegou a indicar o Morumbi para abrigar o clássico, mas o pedido acabou não sendo atendido.
Já a posição do Palmeiras sobre a realização da partida é de que a PM tem de responder pela segurança dos torcedores.
"Nas imediações do estádio, a responsabilidade por qualquer problema tem de ser da polícia. Que aumente o número de policiais", afirmou o gerente de futebol Toninho Cecílio.
Ele até lembrou a briga de corintianos e são-paulinos, que aconteceu longe do Morumbi -local do jogo-, para mostrar até onde vai a responsabilidade da polícia sobre segurança.
"Aquele conflito lamentável aconteceu no Tatuapé. Aí realmente não tem como responsabilizar ninguém. Mas nas proximidades do estádio tem que ser responsabilidade deles [policiais]", falou o dirigente.
Sobre o esquema de trabalho para o clássico, o número de efetivos não foi anunciado por questão de estratégia.
"Não divulgaremos com quantos homens vamos trabalhar justamente por questão de segurança", disse o major.


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