São Paulo, segunda-feira, 18 de julho de 2011

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"Fico até a Copa-2014", diz Batista

COPA AMÉRICA
Contestado, técnico da Argentina não vê eliminação em casa como fracasso

RODRIGO BUENO
ENVIADO ESPECIAL A SANTA FÉ

Figura mais criticada na Argentina durante a Copa América, o técnico Sergio Batista não considerou a eliminação em casa como um fracasso e disse que continuará no time até a Copa de 2014.
"Fracasso é uma palavra muito forte. Fizemos o possível para ganhar a Copa América, mas é preciso continuar trabalhando, conhecendo os jogadores para chegar bem ao que é mais importante, o Mundial", afirmou Batista.
Com o empate em 1 a 1 com o Uruguai no tempo normal e na prorrogação e a derrota nos pênaltis por 5 a 4, a Argentina deixou o torneio, na noite de anteontem, sem vencer nenhum rival sul- -americano -só bateu a Costa Rica, que utilizou praticamente uma equipe sub-23.
"Nos dois primeiros jogos [1 a 1 com a Bolívia e 0 a 0 com a Colômbia], não jogamos da maneira que pretendíamos. No primeiro tempo contra o Uruguai, jogamos bastante bem. No segundo, foi mais duro", disse ele.
A AFA (federação argentina) não se pronunciou após a eliminação. Ontem, torcedores puseram uma enorme faixa, "Volvé Diego", entre as árvores que cercam o CT em Ezeiza, onde a seleção de Messi treina. Pediam por Maradona, que comandou a Argentina na Copa de 2010.
Batista disse que faltou tempo para preparar o time. "Assumi o time há cinco, seis meses. Assinei contrato com a federação há dois meses e não vou sair antes da Copa."
Diferentemente do Brasil, classificado por ser o país-sede, a Argentina jogará as eliminatórias. Apesar de nove times lutarem pelas vagas -quatro diretas e outra disputada em repescagem-, os argentinos não venceram, na Copa América, os três jogos disputados contra rivais que estarão no qualificatório.
A Argentina, que não ganha uma taça com a seleção principal desde 1993, pode ser superada pelo Uruguai em títulos da Copa América. Ambos têm 14 conquistas.
"As coisas não saíram como queríamos. Messi jogou 30 minutos excepcionais no primeiro tempo e, no segundo [quando o time teve um homem a mais quase todo o tempo], diminuímos a intensidade. No fim, expulsaram Mascherano, que não merecia cartão", afirmou Batista.
O vilão argentino em campo acabou sendo o "jogador do povo", com quem o técnico teve problemas antes da Copa América. Tevez, que errou o pênalti decisivo, esteve a ponto de não jogar por problemas com o treinador.
Por pressão popular, Batista chegou a um entendimento com o atacante. Começou a Copa América como titular, mas, após dois empates, foi para a reserva.
Tevez, que reclamou por atuar fora de sua posição preferida, não quis falar com a imprensa após o jogo, como quase todos os colegas, mas não estava aparentemente abatido como Messi, que foi para o ônibus de cabeça baixa e com os olhos vermelhos, como se tivesse chorado.


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