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JUCA KFOURI
Azar de campeão
Além da ressaca inevitável,
um Palmeiras infernal.
Esses foram os azares do
Cruzeiro, que devia ter mandado seus meninos, protagonistas de um papel interessante na chamada Copa Ivens
Mendes, o Torneio do Centenário de Belo Horizonte, ao
Parque Antarctica.
Não que a goleada tenha
enodoado a façanha azul na
Libertadores, porque essa ninguém rasga.
Mas campeões merecem ser
tratados com respeito, e Zinho
e companhia fizeram tudo em
campo, menos respeitá-los.
Foi um show.
O rigor do Felipão fez efeito,
e Viola jogou como nos bons
tempos, quando corria atrás
da bola para comer.
Zinho está jogando tanto
que pode virar mais um doce
problema para o nosso patriótico, e ainda não informatizado, Zagallo -que comprou,
mas não trouxe, caso original
de virtualidade radical no
mundo dos computadores.
Mas que seja o Zinho do
Palmeiras, de hoje e de ontem,
não aquele aprisionado da
Copa de 94.
A cada jogo do Corinthians
fica mais evidente o óbvio
ululante: ao vender Marcelinho, o alvinegro não perdeu
apenas seu maior ídolo; perdeu também sua única opção
nas bolas paradas, seja nas
faltas, seja nos escanteios. E,
de quebra, perdeu quem fazia
Mirandinha jogar.
Foi impressionante o número de faltas e escanteios desperdiçados diante do Coritiba, como foi exasperante a
inutilidade de Mirandinha.
A fala macia de Joel Santana terá de operar milagres no
Parque São Jorge.
O pior é que o futebol paulista costuma não receber bem
nem quem fala macio nem
quem fala grosso.
É estranho, mas se conta nos
dedos o número dos técnicos
bem sucedidos no futebol carioca que repetem o sucesso
em São Paulo. E vice-versa.
Um surpreendente pedido
de 30% de comissão impediu
que se concretizasse um interessante acordo operacional
entre um grande clube paulistano e um conhecido hospital
da cidade.
Não dá para pôr a mão no
fogo por ninguém mesmo.
Telhado de vidro é o must
da temporada.
O que explica, não é demais
repetir, a reação dos "amadores" que não querem saber de
clubes transformados em empresas, nas mãos de profissionais, que prestem contas por
seus atos.
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