DOS ENVIADOS A ATENAS

Com a barba por fazer e o cabelo despenteado, Flávio Canto (29 anos, 1,79 m e 81 kg, limite de peso dos meio-médios) subiu ao pódio para receber o bronze olímpico. Falta de cuidado no momento mais importante na carreira de qualquer atleta?
"No dia da competição, costumo ficar assim. É como para dizer a mim que não estou nem aí comigo mesmo. É para mostrar que estou focado só na competição", disse ele, que faz ioga para relaxar antes dos torneios.
Formado em direito, Canto começou tarde na modalidade. Ele e o irmão, Pedro, faziam natação em uma escola do bairro em que viveram uma temporada em Berkley, nos EUA.
O judoca só descobriu os tatames aos 14 anos, quando acompanhou o irmão. "Ele não gostava de nadar, então resolveu lutar judô e se apaixonou pelo esporte", disse a mãe, Maria Cecília.
Na sua primeira Olimpíada, em Atlanta-96, foi sétimo. Para Sydney-00, não obteve vaga. Foi vice-campeão mundial por equipes em 1998 (Belarus). No Pan-Americano, ganhou três medalhas: bronze em Mar del Plata, prata em Winnipeg e ouro em Santo Domingo, em 2003.
Pratica surfe e faz meditação transcedental para encontrar o equilíbrio. (ALF E EA)

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