São Paulo, terça-feira, 18 de agosto de 2009 |
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
a queda Berlim vê superfavorita fracassar
Após 17 recordes mundiais e cinco anos de domínio no salto com vara, Ielena Isinbaieva é superada
JOSÉ EDUARDO MARTINS ENVIADO ESPECIAL A BERLIM O choro de Ielena Isinbaieva e a perplexidade do público definiram o terceiro dia do Mundial de atletismo, em Berlim. A fase da multirrecordista russa não poderia ser pior. Depois de perder o GP de Londres, em julho, a atleta terminou ontem sem classificação a decisão do salto com vara, prova que domina desde 2004 -é a recordista mundial, com 5,05 m. O ouro ficou com a polonesa Anna Rogowska, única a saltar 4,75 m e quem já havia derrotado Isinbaieva na Inglaterra. A também polonesa Monika Pyrek e a norte-americana Chelsea Johnson ficaram com a prata -ambas com 4,65 m. Considerada uma das favoritas, a brasileira Fabiana Murer não conseguiu ir além dos 4,55 m e terminou na quinta colocação no Mundial de Berlim. "São coisas do esporte, do destino. Tinha mesmo que perder, não há uma desculpa, ou uma explicação", lamentou a russa, que quebrou em 17 oportunidades o recorde mundial. Confiante, Isinbaieva, 27, colocou o sarrafo em 4,75 m logo em sua primeira tentativa e errou o salto. Depois, ela tentou, sem êxito, por duas vezes pular 4,80 m. Acabou eliminada, para estupor do público, que considerava o triunfo favas contadas. "Não acho que tenha errado na escolha das alturas ou da vara. Talvez esteja dando mais atenção à minha vida privada e precise focar mais no esporte." A russa fez questão de agradecer ao público alemão e, mesmo triste, atendeu a todas as solicitações de entrevista. "Não tenho do que reclamar. Adoro o público alemão, e eles sempre me apoiam muito." "Só posso falar aos meus fãs que vou continuar trabalhando duro para voltar ao topo", disse. As três medalhistas também ficaram surpresas com a pífia atuação de Isinbaieva. "Lógico que foi surpreendente. Nunca você vai imaginar que ela, a única mulher que consegue saltar mais do que cinco metros, iria errar, ainda mais nesta altura", disse Rogowska. Considerada uma zebra neste Mundial de Berlim, a americana Chelsea Johnson estava tão empolgada que não sabia explicar o que tinha acontecido no estádio Olímpico. "Foi incrível. Ainda é difícil compreender a decisão de hoje [ontem]. Até então, acho que ninguém poderia imaginar um pódio como este", afirmou. Texto Anterior: Painel FC Próximo Texto: Murer perde chance em dia "ideal" Índice |
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress. |