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Jaqueline absolve chá e usa nova defesa
Atleta de vôlei diz ser vítima de produto contaminado
MARIANA LAJOLO
DA REPORTAGEM LOCAL
Flagrada em exame antidoping antes do Pan do Rio, a atacante Jaqueline irá alegar que
usou suplemento contaminado
em sua defesa na Itália.
A jogadora será julgada na
madrugada de quinta-feira pelo comitê olímpico local, responsável pelo teste. O resultado pode sair em até 15 dias.
Logo que soube do exame positivo, Jaqueline afirmou que
suspeitava de um chá verde,
comprado sem consulta médica para o combate de celulite.
Seu antidoping apontava a
presença de derivados de sibutramina, estimulante usado em
remédios para emagrecer mas
que também pode mascarar
outras drogas proibidas.
No Pan, o presidente da
Agência Mundial Antidoping
criticou a brasileira. "Uma atleta de nível internacional tem
que ter mais cuidado com o que
toma", disse Richard Pound.
A defesa da atacante, porém,
tentará provar que ela ingeriu
cápsulas de CLA (ácido linoléico conjugado) contaminadas.
O laboratório Integralmédica, que teria fabricado o produto, teve suas atividades suspensas pela Anvisa em junho por
adulterar suplementos, um deles o CLA. À época, o Comitê
Olímpico Brasileiro foi comunicado sobre o problema.
A empresa era uma das patrocinadoras de atleta do ciclismo classificados ao Pan. Magno
Nazaret foi cortado às vésperas
do evento após testar positivo
para sibutramina.
Ontem, após o treino da seleção, Jaqueline não quis dar detalhes sobre sua defesa. Mas
declarou que o episódio foi uma
lição para todas as jogadoras.
"Eu não vou deixar de ser vaidosa, mas vou tomar mais cuidado, aprendi que tenho de
perguntar sempre ao médico o
que posso ou não usar. Foi uma
dura lição", disse ela.
A expectativa da comissão
técnica é de que Jaqueline pegue uma pena branda. Ela já está suspensa preventivamente
há mais de dois meses.
O CLA é naturalmente encontrado principalmente em
leite, derivados e carne bovina.
O ácido começou a ser comercializado como suplemento por
ajudar na queima de gordura e
no ganho de massa muscular.
Segundo resolução da Anvisa
de março, a substância não pode ser comercializada no país. A
entidade afirma que não existem comprovações sobre a segurança e a eficácia do produto.
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