São Paulo, quinta-feira, 18 de setembro de 2008

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FUTEBOL

A solução para os seus problemas


Não é difícil tornar a Copa Sul-Americana um torneio atraente, basta dar o mínimo de lógica a ela e ver a Europa

RODRIGO BUENO
DA REPORTAGEM LOCAL

A SOLUÇÃO é fácil. Oito grupos com quatro equipes. Os dois mais bem colocados das chaves avançam. Os oito brasileiros são cabeças-de-chave, e os argentinos são divididos pelos grupos de forma a não se enfrentarem também nessa fase. Confrontos internacionais são atrativos (e esperados em torneios internacionais). Após chaves equilibradas, mata-mata até a final (pode haver sorteio dirigido, mas não regra evitando duelo nacional na decisão). O formato é tecnicamente o mesmo da Copa dos Campeões e da Libertadores, interclubes de reconhecido sucesso. O torneio em questão aqui teria jogos às quintas-feiras, como a Copa da Uefa, pois seria disputado simultaneamente à Libertadores, cujas partidas seriam concentradas nas terças e nas quartas. Obviamente, quem jogar a Libertadores não estará, pelo menos no início, na Copa Sul-Americana, mas seria possível conectar as duas disputas mandando os terceiros colocados da fase de grupos da Libertadores para as fases mais agudas da Sul-Americana. Isso já ocorre entre Copa dos Campeões e Copa da Uefa (mas nem tudo o que há de bom na Europa deve ser copiado pela América do Sul). Como os dois torneios da Conmebol seriam disputados simultaneamente, não haveria mais a ""necessidade" de se fazer as competições em só um semestre. Elas ""tomariam" o ano, mas não teriam mais que 14 datas (isso, claro, para os times de Brasil e Argentina que forem à decisão). As emissoras que exibem jogos cheios de reservas, opção até de time parceiro de empresa que comercializa o torneio, teria atraentes partidas continentais de terça a quinta, com a quarta ainda como dia nobre. Caso a Conmebol queira dar mais vagas a países de menor expressão no continente (e América do Norte), faça fases eliminatórias, novamente pegando o consagrado modelo de Copa dos Campeões e Libertadores. A sugestão aqui não é nova nem mirabolante. É o básico, o lógico, o que funciona. Se é verdade que Globo e Traffic mandam no futebol brasileiro e, na esteira disso, na Conmebol, elas deveriam ser as maiores interessadas em mudar o calendário.

A SOLUÇÃO DO BRASIL
Copa do Brasil, lá vou eu de novo: deve ser ao longo do ano, não em um só semestre. O torneio teria ainda mais times, de todas as divisões, e, claro, os clubes que jogam a Libertadores. Partidas no meio de semana, com os times da elite entrando só nas fases mais agudas.

A SOLUÇÃO DO CHELSEA
Felipão acertou em cheio ao levar Bosingwa e Deco, o último o melhor jogador do primeiro mês do Inglês. Acertou em enxugar o elenco e no esquema, que lembra o que José Mourinho tanto usou no clube. Acertou em ousar, em deixar o Chelsea mais atraente, ofensivo, vistoso. Acertou em ser simples.

rbueno@folhasp.com.br



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